Série B: Sem receber, João Vitor aciona Ponte na Justiça e tem contrato rescindido

O jogador também acabou rescindindo com o Coritiba, que busca uma solução definitiva

O jogador também acabou rescindindo com o Coritiba, que busca uma solução definitiva

0002050382802 img

Campinas, SP, 19 (AFI) – O volante João Vitor está livre para assinar com qualquer clube do futebol brasileiro. Com três meses sem receber, o atleta entrou na Justiça e conseguiu rescindir seu contrato com a Ponte Preta, quem o emprestou para o Coritiba. Ele disputou o Campeonato Paranaense pela equipe coxa-branca.

João Vitor tinha parte dos vencimentos pagos pelo Coritiba, que transferia o valor para a Ponte Preta. Por sua vez, o clube campineiro não repassava a quantia para o atleta de forma integral, pois, segundo a assessoria de imprensa, descontava uma porcentagem referente a pensão alimentícia devida pelo atleta.

A Ponte assumiu também que não arcava com sua parte há três meses e buscava uma negociação para arcar com 50% dos vencimentos – R$ 50 mil (R$ 100 mil total). O volante, então, se viu obrigado a entrar na Justiça para conseguir receber. Com o fim do vínculo com a equipe campineira, o jogador acabou rescindindo também com o Coritiba, já que estava emprestado.

CAMPANHA
Titular absoluto da equipe durante o estadual, João Vitor fará uma nova reunião com a diretoria do Coritiba para assinar contrato em definitivo. A primeira proposta, de dois anos, foi recusada pelo volante. Dos 16 jogos disputados pelo clube paranaense na temporada, o atleta participou de 15.

João Vitor acionou a Ponte na Justiça - PontePress/RodrigoCeregatti

João Vitor acionou a Ponte na Justiça

O volante tem 30 anos e iniciou a carreira no Marília. Passou ainda por Grêmio Barueri, Palmeiras, Criciúma e Figueirense, antes de chegar à Ponte Preta. Ele vem treinando em separado do elenco até que se resolva a situação pendente com o Coritiba.

Confira a nota oficial da Ponte Preta:

Em virtude de informações divulgadas por alguns veículos de imprensa na Internet, a Ponte Preta vem a público para esclarecer o seguinte:

– O volante João Vitor foi emprestado ao Coritiba porque recebia uma salário alto, de padrão série A nos moldes da Ponte Preta ( de R$ 100 mil), e em virtude da nova realidade financeira pontepretana após a queda para a série B, esse salário se tornou insustentável. Desta forma, o jogador foi emprestado com cada um dos times se tornando responsáveis por pagar metade do salário;

– A parte do Coritiba nunca deixou de ser paga a João Vítor: ocorre, porém, que por decisão judicial, era descontado deste valor a pensão alimentícia devida pelo atleta;

– Nos últimos três meses – e não quatro – a Ponte Preta realmente deixou de repassar a metade que lhe cabia e estava negociando o pagamento junto ao atleta, porém este optou (como era de direito dele) em romper o vínculo.

– Importante ressaltar que a Ponte em momento algum deixou de reconhecer a dívida existente e que envida esforços em pagá-la, porém também é necessário ressaltar que é uma inverdade dizer que os valores do Coritiba não foram repassados ao jogador: de fato eles o foram, porém com o desconto determinado pela Justiça.