Série B: Em longa nota oficial, Vasco critica veto ao Maracanã: 'Arbitrário e ilegal'

O Vasco "seguirá na luta para assegurar o direito de sua torcida acompanhar os jogos do clube no Maracanã em condições de igualdade com os demais"

Maracana Vasco 2022

​Rio de Janeiro, RJ, 24 (AFI) – O consórcio que administra o Maracanã não aceitou pedido de reconsideração do Vasco e não liberou o estádio para o jogo contra o Sport, pelo Campeonato Brasileiro Série B. Em longa nota oficial, o Cruzmaltino fez duras críticas e fala em “postura arbitrária e ilegal”.

A partida contra o Sport é um confronto direto pelo acesso à elite nacional. O Consórcio Maracanã não quer liberar o mando devido a um jogo do Fluminense no dia anterior ao do cruzmaltino.

O Vasco “seguirá na luta para assegurar o direito de sua torcida acompanhar os jogos do clube no Maracanã em condições de igualdade com os demais, como manda o termo de permissão de uso concedido pelo Estado do Rio de Janeiro”.

ARGUMENTOS

Segundo o Consórcio, a partida entre Fluminense e Corinthians, válida pela 14ª rodada da Série A, “inviabiliza o cumprimento do prazo mínimo recomendado para a manutenção da qualidade do gramado” por ocorrer em um intervalo menor do que 24 horas. 

O jogo entre tricolores e alvinegros é às 16h30 de sábado, dia 2. Já a partida do cruzmaltino seria às 16h de domingo (3).

Um dos argumentos do cruzmaltino é que pelo menos 10 partidas não seguiram o intervalo de 24 horas nos últimos dois anos. Também foi constatada a sequência de até quatro jogos em apenas sete dias, em outubro de 2020.

NOTA OFICIAL DO VASCO

“O Club de Regatas Vasco da Gama lamenta e repudia a decisão do Consórcio Maracanã de não reconsiderar o absurdo veto à realização do jogo CR Vasco da Gama x Sport Clube do Recife, no domingo dia 3 de Julho, no estádio do Maracanã.

O clube não aceita os argumentos do consórcio para fechar o Maracanã para o Vasco e sua torcida em um jogo de alto apelo de público a ser realizado em um domingo, sem qualquer programação prevista para o estádio.

A alegação utilizada que quando o pedido do CRVG foi feito já havia uma programação de 8 (oito) a 10 (dez) jogos no estádio para o mês de julho, a depender da performance de CR Flamengo e Fluminense FC na Copa do Brasil, está desatualizada. O máximo de jogos que os dois clubes podem fazer no mês julho são 9 (nove).

O décimo jogo previsto no cronograma para o mês provavelmente deveria ser uma partida do Fluminense FC em competições da Conmebol, das quais foi prematuramente desclassificado. Sendo assim, a partida CR Vasco da Gama x Sport Clube do Recife seria no máximo a décima partida no mês, o que se encaixaria perfeitamente no dito cronograma.

A outra desculpa levantada também não pode sequer ser considerada. O Maracanã tem recebido rotineiramente jogos com intervalo de 24h ou menos.

Só nessa temporada foram duas ocasiões, em 2021 seis vezes e 2020 outras seis. A alegação de que o gramado teria “sofrido” apenas com a realização da partida CR Vasco da Gama x Cruzeiro, realizada 24hs após uma partida do Fluminense FC, não é verdadeira. Todo o jogo transcorreu com o gramado em boas condições, sem qualquer reclamação dos atletas das duas equipes.

Barrar o nosso jogo contra o Sport significaria que cerca de 45 mil vascaínos, do Rio, de outras cidades e outros Estados, se veriam impedidos de assistir ao jogo de sua equipe, uma vez que essa é a diferença de capacidade de público entre os estádios do Maracanã e São Januário.

Não é possível aceitar que o Vasco da Gama seja impedido de utilizar um equipamento que é público e que deve estar aberto e disponível para todos os clubes em igualdade de condições. CR Flamengo e Fluminense FC já realizaram esse ano 24 partidas no Maracanã. O Vasco da Gama realizou apenas uma e está sendo impedido de realizar a segunda.

O clube não admite a postura arbitrária e ilegal do Consórcio Maracanã, que tem como permissionário o CR Flamengo e como interveniente anuente o Fluminense FC, e declara que seguirá na luta para assegurar o direito de sua torcida acompanhar os jogos do clube no Maracanã em condições de igualdade com os demais, como manda o termo de permissão de uso concedido pelo Estado do Rio de Janeiro”.

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