Conheça os técnicos que conquistaram o acesso na Segundona

Renan Martins, no Ecus, e Davi Zaqueo, no Tanabi, conduziram seus clubes ao acesso da Bezinha para a Série A4.

Conheça as histórias dos dois treinadores que agora brigam pelo título da Segundona.

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Renan Martins e Davi Zaqueo têm histórias distintas, mas marcaram seus clubes com o acesso. (Reprodução/TFC)

Campinas, SP, 19 (AFI) – A Segundona 2025 ficará marcada não apenas pelo retorno de Ecus-Suzano e Tanabi à Série A4 do Campeonato Paulista, mas também pelas trajetórias únicas de seus treinadores. Renan Martins, do Ecus, e Davi Zaqueo, do Tanabi, escreveram capítulos distintos, mas igualmente inspiradores, no futebol do interior paulista.

RENAN MARTINS E O PLANEJAMENTO NO ECUS

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À frente do Ecus desde 2024, Renan Martins conseguiu transformar a eliminação precoce da temporada passada em combustível. (Reprodução/ECUS)

O empate em 1 a 1 com o Mauá, no último sábado (16), sacramentou o acesso do Ecus graças à melhor campanha na classificação geral. Para Renan Martins, a conquista é resultado de um projeto que começou ainda em 2024.

— “Desde o início eu falava em acesso. Sempre acreditei nesse grupo. A eliminação do ano passado foi dolorida, mas serviu para ajustar o planejamento. O momento agora é de gratidão e alegria”, disse o treinador.

Com uma proposta de jogo sólida e elenco equilibrado, o Leão do Colorado deu a volta por cima após bater na trave em 2024. A parceria com o ex-volante William, presidente da SAF, também foi fundamental para estruturar o clube e criar as condições ideais para o acesso.

A HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO DE DAVI ZAQUEO

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Em 2020, Davi trabalhava como massagista e responsável pela manutenção do gramado no Tanabi. (Reprodução/TFC)

No Tanabi, o acesso tem um sabor ainda mais especial. O comandante Davi Zaqueo viveu uma ascensão meteórica: em 2020, trabalhava como massagista, roupeiro e até responsável pela manutenção do gramado no clube. Pouco tempo depois, apostou na capacitação acadêmica e, através de bolsas e cursos da FPF em parceria com a CBF Academy, obteve suas licenças de treinador.

Agora, em 2025, levou o Cacique do Vale ao acesso após campanha brilhante, coroada com a vitória sobre o Independente de Limeira na semifinal.

— “Eu queria seguir como treinador, mas não tinha histórico de jogador profissional. A única chance era através da qualificação acadêmica. O apoio da Federação foi decisivo. Hoje vivo uma realização pessoal e profissional”, contou.

Sob seu comando, o Tanabi conquistou 12 vitórias em 16 jogos, sofreu apenas uma derrota e ainda viu Marcelo Maçola se tornar o artilheiro isolado da competição.

FINAL PROMETE E PREMIAÇÃO EM CAMPINAS

A decisão da Bezinha colocará frente a frente os dois técnicos em histórias de contrastes. O primeiro jogo acontece em Suzano, no sábado (23), às 15h, e a volta será em Tanabi, no dia 30, também às 15h. Em caso de empate no agregado, o título será definido nos pênaltis.

Além da taça, os clubes e personagens da Segundona terão reconhecimento especial. A premiação oficial do Campeonato Paulista Sub-23 Segunda Divisão acontecerá em Campinas, no dia 1º de setembro, assim como já ocorreu nas Séries A2, A3 e A4.

Outro destaque será a divulgação da Seleção dos Atletas, projeto do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo com apoio da FPF, Futebol Interior e Ibradespor. Na fase final, cada capitão poderá indicar até sete jogadores de sua equipe para compor a lista dos melhores da competição.

DUAS HISTÓRIAS, UM SONHO EM COMUM

De um lado, o planejamento meticuloso de Renan Martins no Ecus; do outro, a história de superação e persistência de Davi Zaqueo no Tanabi. Ambos já fizeram história com o acesso, mas agora buscam o título que pode elevar ainda mais o patamar de suas carreiras.