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ARIOVALDO IZAC

Se o Bragantino é melhor, não há motivo para Ponte Preta lamentar

O volume do Bragantino, muito bem treinado por Pedro Caixinha, fez justiça ao placar. A Ponte Preta precisa levantar a cabeça e seguir em frente.

A Ponte tem se sustentado, nas últimas partidas, devido à sua competitividade, com os seus jogadores se doando em campo,

Paulistão - Red Bull Bragantino 1 x 0 Ponte Preta
Ponte Preta segurou Bragantino no 1.º tempo. Foto: Diego Almeida - AAPP

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Campinas, SP, 14 (AFI) – O pontepretano nada tem a lamentar sobre esta derrota de seu clube para o Bragantino por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, em Bragança Paulista.

Aí você há de questionar: como a Ponte Preta deu sinais de suportar a pressão do Bragantino durante o primeiro tempo, e passou todo segundo tempo sem dar um chute sequer ao gol do goleiro Cleiton?

A Ponte tem se sustentado, nas últimas partidas, devido à sua competitividade, com os seus jogadores se doando em campo, e tem convertido as esporádicas oportunidades de gols.

PEDRO CAIXINHA

Considere que o Bragantino contou com dois aspectos fundamentais para construir a vitória.

Como é um time bem treinado pelo competente Pedro Caixinha, valoriza a posse de bola com sequência de passes rápidos, que rondaram as proximidades da área pontepretana.

Ora, com aquele volume mostrado pelo Bragantino, e como a Ponte Preta acrescentou durante o primeiro tempo toque de bola, para chegar mais vezes ao ataque, esse expediente irremediavelmente provocou desgastes físicos de seus jogadores na sequência da partida, que resultou na falta de acompanhamento das investidas do Bragantino, como vinha ocorrendo antes.

Além disso, o treinador Caixinha é um observador para mudança de situações.

Se taticamente o seu time primava pela boa distribuição em campo, mas encontrava dificuldades de penetração na bem montada defensiva pontepretana, no segundo tempo ele colocou dois atacantes de beiradas dribladores, que se prevalecem do duelo ‘um contra um’, casos de Vitinho, pelo lado esquerdo, e o colombiano Henry Mosqueira, na direita.

Paulistão - Bragantino 1 x 0 Ponte Preta
Pedro Caixinha tem méritos neste time do bragantino. Foto: Ari Ferreira

GOL ENSAIADO

E mais: o repertório de Caixinha ficou claro em jogadas ensaiadas.

Em cobranças de faltas, mesmo que frontal e de média distância, o posicionamento do zagueiro Léo Ortiz foi quase no prolongamento da área pontepretana.

Foi assim na bola alçada por Lincoln, sem que a disputa direta de Ortiz tivesse sido com os zagueiros pontepretanos.

Aí, após o cabeceio para o interior da área, apareceu o oportunismo do atacante Sasha, para empurrar a bola à rede, aos 19 minutos do segundo tempo: 1 a 0.

Apesar do maior volume do Bragantino naquele período, a meta pontepretana só voltou a ser ameaçada apenas quando o zagueiro Castro errou tentativa de interceptação da bola e quase marcou gol contra, não fosse a esperteza do goleiro Pedro Rocha.

PONTE CRIA CHANCES

Se nos jogos anteriores dizia-se que a Ponte Preta havia assimilado uma elogiada postura defensiva e procurava explorar raros contra-ataques, pelo menos durante o primeiro tempo do jogo desta quarta-feira ela ampliou o repertório.

Em vez de seus jogadores se desfazerem da bola, agora viu-se a opção de tentar qualificá-la com saída da defesa, exceto em situações que a opção é o chutão.

Assim, a Ponte havia acrescentado à sua estrutura bola trabalhada já no ataque, o que permitiu, por vezes, rondar a área do Bragantino.

Tanto é verdade que o número de oportunidades no primeiro período foi igual para ambas equipes.

JEH

Se o Bragantino ameaçou em lances consecutivos, a partir do 14º minuto, com cabeçada do lateral-esquerdo Juninho Capixaba e chute rasteiro, na diagonal, do atacante Helinho, em ambas ocasiões com defesas do goleiro pontepretano Pedro Rocha, ela também ameaçou através do centroavante Jeh, que obrigou o bom goleiro Cleiton a trabalhar aos 26 e 46 minutos.

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