Santos insiste em vender mandos, mas esbarra em logística e resistência

A limitação de público no tradicional estádio santista — com capacidade para cerca de 15 a 16 mil torcedores — tem sido um entrave

Por ora, o duelo contra o Flamengo será mesmo disputado na Vila Belmiro

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Neymar é o principal nome do Santos

Santos, SP, 04 (AFI) – Mesmo com desempenho irregular no Campeonato Brasileiro, o Santos segue em busca de alternativas para melhorar sua arrecadação fora das quatro linhas. Uma das principais estratégias da diretoria tem sido negociar mandos de campo com empresas especializadas, de olho em estádios maiores e públicos mais numerosos do que os que a Vila Belmiro comporta atualmente.

A limitação de público no tradicional estádio santista — com capacidade para cerca de 15 a 16 mil torcedores — tem sido um entrave para a geração de receitas em dias de jogo. Por isso, a diretoria tenta capitalizar o momento de atenção que o clube tem recebido com o retorno de Neymar, mesmo que o craque ainda não tenha voltado oficialmente aos gramados. Sua presença em ações recentes, como no amistoso contra o Coritiba, no Paraná, impulsionou a venda de ingressos e gerou receita. Na ocasião, o Peixe faturou cerca de R$ 1 milhão.

Diante desse cenário, o clube costurou a ideia de marcar um amistoso contra o Remo, em Belém, e também avaliou levar o duelo contra o Flamengo, marcado para o dia 16 de julho, ao estádio Mané Garrincha, em Brasília. No entanto, ambas as propostas acabaram descartadas. No caso do jogo no Pará, pesou a dificuldade logística. Já a possibilidade de atuar na capital federal gerou receio entre dirigentes e torcedores, diante da alta concentração de flamenguistas na região, o que poderia transformar o mando santista em uma desvantagem competitiva.

MAIS DETALHES

Antes disso, a direção do Santos chegou a tentar o Morumbis como palco do confronto diante do Flamengo, apostando na força do apelo do nome de Neymar para lotar o estádio. A expectativa era transformar a ocasião em uma grande bilheteria, mas o calendário da capital paulista e a logística inviável barraram a ideia.

Com a indefinição no calendário — especialmente pelo adiamento da partida contra o Palmeiras, válida pela 13ª rodada, que depende do desfecho do rival na Copa do Mundo de Clubes — a diretoria ainda tenta encontrar uma nova data para um amistoso fora da Baixada Santista. O objetivo segue claro: explorar o momento de visibilidade para gerar novas fontes de renda.

Por ora, o duelo contra o Flamengo será mesmo disputado na Vila Belmiro. No entanto, a direção santista já deixou claro que a busca por novas praças para seus jogos no Brasileirão continuará, sempre que houver possibilidade de retorno financeiro superior ao obtido em casa.

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