Roberto Bataglia, do sucesso ao anonimato
Roberto Bataglia, do sucesso ao anonimato
Roberto Bataglia, do sucesso ao anonimato

Corintianos e bugrinos da velha guarda sequer lembraram que setembro passado marcou 15 anos da morte do ponteiro-direito Roberto Bataglia, em decorrência de complicações provocada por um câncer no intestino.
Na época, vários amigos só acompanharam o enterro, em São Paulo, ao lerem notas em seções de necrologia de jornais. Com mudança de costumes, o ídolo do passado já não é lembrado até na morte em pautas jornalísticas de esporte.
Em abril do 2001, Bataglia começou a travar o mais difícil duelo: a luta pela vida. O câncer no intestino foi disseminando e ele perdeu a briga. Morreu pobre. Sequer tinha carro, mas nem por isso deixava de comparecer a eventos esportivos. “Pra que existe ônibus ?”, costumava argumentar.
EMPRESTADO AO GUARANI
Revelado nas categorias de base do Corinthians, no início da década de 60, Bataglia foi emprestado ao Guarani em 1961 para ganhar experiência, mas na prática se destacou como o principal jogador da equipe.
Pode-se dizer que entortou laterais-esquerdos com a sequências de dribles e jogadas de velocidade. Sua especialidade era levar a bola ao fundo do campo e fazer cruzamentos. Foi assim que colocou seus companheiros Paulo Leão e Cido na cara do gol em incontáveis ocasiões nos tempos de Guarani.
Naquela época havia acordo de cavalheiros entre dirigentes para não se escalarem jogadores emprestados contra o clube de origem do atleta. Por isso Bataglia deixou de jogar só duas das 28 partidas do Bugre no Campeonato Paulista.
De volta ao Timão, ele mostrou aos torcedores o nascimento do sucessor do endiabrado ponteiro-direito Cláudio, ao alimentar jogadas aéreas para o centroavante Flávio Minuano.
FIORENTINA
Em 1963 o passe de Bataglia foi vendido à Fiorentina, e ele brilhou na Itália durante oito temporadas. Na volta ao Brasil ainda arrancou aplausos de torcedores do América do Rio de Janeiro, antes de encerrar a carreira.
Aí Bataglia fixou residência na região da Mooca, em São Paulo, e frequentava a roda de ex-boleiros do bairro Vila Maria, quando rasgava elogios ao treinador Osvaldo Brandão – já falecido – pela postura disciplinar, mas fazia questão de ressaltar que fora do campo era o amigo de tomar goladas de cachaças.
Bataglia lembrava também os tempos em que jogadores de futebol não escapavam do serviço militar. Comandantes das forças armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) fazia questão de recrutar boleiros. “Quando estive no Exército, joguei num time ao lado de Pelé, Parada (Bangu) Ariston (São Paulo) e Parobé (Flamengo).






































































































































