Rio de Janeiro, RJ, 13 (AFI) – Após a derrota do Fluminense para o Cruzeiro, por 2 a 0, no Brasileirão, Renato Gaúcho não poupou críticas aos empresários de jogadores, especialmente após a cobrança do representante de Kevin Serna por mais minutos ao atleta peruano em campo.

Renato destacou que todos os jogadores têm contrato e são funcionários do clube, sem garantia de titularidade. “Os jogadores têm um contrato e são empregados do clube. Não tem nenhuma cláusula que devem ser titulares. Se um jogador chegar no clube e tiver essa cláusula, eu duvido. O Serna tem nos ajudado sempre que é chamado. Tenho um grupo que tem que dar atenção e oportunidade a todos. E aí os jogadores aproveitam”, afirmou o treinador.

RENATO GAÚCHO, FLUMINENSE E EMPRESÁRIOS NO BRASILEIRÃO

O técnico ainda comentou sobre a postura dos representantes. “Eles acham que eles sempre têm um Messi. Tem alguns empresários que acham que dando declarações lá fora vão mudar a minha cabeça. Tem empresários que quando são cobrados pelo presidente do clube ou o Paulo Angioni, eles desmentem. Dizem que não falaram”, disse Renato.

Bastante irritado, Renato mandou um recado firme. “Eu não vou atacar individualmente o empresário, vou falar no geral. Fiquem calados. No Fluminense tem comando. Se abrirem a boca, vai ter a resposta à altura. Depois não adianta desmentir. Dessa vez, eu vou ficar calado, só mandar o recado”, disparou.

KEVIN SERNA, ALIANZA LIMA E O CLIMA NO FLU

O treinador ressaltou que cabe ao empresário cuidar do contrato e deixar o restante para a comissão técnica. “Empresário de futebol já diz tudo: vai lá, faz o contrato do jogador, cuida dele, entrega ao clube e o clube, junto com presidente, diretoria e comissão técnica, cuida do jogador. Tem muitos empresários que crescem na hora de renovar o contrato. Depois, eles esquecem que são empresários dele”, comentou.

Renato ainda lembrou que o agente de Serna pediu mais oportunidades ao atacante e teria, inclusive, oferecido o jogador ao Alianza Lima, do Peru. Para o técnico, o foco deve ser em ajudar os atletas a evoluir e não em discursos fora de campo. “Isso os empresários não veem. Esse negócio de falar que “meu jogador tem de ser titular”, o empresário qualquer que seja tem que ter em um clube que ele tenha moral, que acha que manda, acha que é mais que o treinador, o presidente. Aí pode gritar à vontade. Hoje estou mandando recados aos empresários, seja de qualquer jogador. Fluminense tem comando. Se abrir a boca e eu identificar, vai ter a resposta à altura”, concluiu Renato Gaúcho.