Remo 1 x 2 Sampaio Corrêa - Festa? Só se for ao som de reggae...

Time maranhense vence e complica Leão na briga por vaga na Série C

Time maranhense vence e complica Leão na briga por vaga na Série C

Belém, PA, 02 (AFI) – O Remo transformou o sonho da classificação para a próxima fase em pesadelo. Na tarde deste sábado, empurrado por mais de 30 mil torcedores, o time paraense não conseguiu se consolidar no G4, ao acabar derrotado pelo Sampaio Corrêa, por 2 a 1, no Mangueirão, em Belém, pela 17ª rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Foi o último jogo como mandante do Leão da primeira fase da terceira divisão.

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Apesar do péssimo resultado, o Remo segue na briga pelo acesso, com 22 pontos, em quarto lugar do Grupo A, mas a equipe pode ser ultrapassada pelo Salgueiro, sexto colocado, que entra em campo neste domingo. O Sampaio Corrêa, por sua vez, segue soberano, na liderança da chave, com 32 pontos.

Os dois times voltam a campo no próximo domingo, às 19h30, para a última rodada da Série C. O Remo faz confronto direto contra o Salgueiro, fora de casa, enquanto o Sampaio Corrêa recebe o Botafogo-PB, no Castelão, em São Luís.

O JOGO
A festa era bonita, com casa cheia, baldeirão e todo clima de jogo decisivo. O Sampaio, no entanto, quase estragou a comemoração antes do primeiro giro do relógio. Com alguns segundos de jogo, Uilliam bateu da intermediária e obrigou Vinícius a fazer boa defesa. Logo em seguida, o Mangueirão explodiu quando Flamel foi derrubado dentro da área e a arbitragem assinalou pênalti.

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Eduardo Ramos, ídolo máximo da torcida remista, foi para a bola. Ele caprichou. Goleiro num canto, bola no outro, mas a cobrança carimbou o pé da trave. Os donos da casa sentiram o golpe e viram o adversário começar a gostar do jogo e abrir o placar aos 13 minutos.

Depois de bate-rebate dentro da área, Jefferson Recife foi derrubado por João Paulo e a arbitragem assinalou pênalti. Fernando Sobral não deu chances para Vinícius na cobrança, acertou o ângulo. A situação do Remo não era das mais fáceis. A dificuldades para penetrar na defesa do Sampaio era notória.

Na base da vontade, os donos da casa chegaram em finalizações de Jayme e Pimentinha, mas praticamente não assustaram. A insistência, porém, deu resultado e o empate veio aos 30 minutos. Depois de boa troca de passes, Flamel encontrou Jayme livre de marcação dentro da área. Em posição legal, o centroavante mandou com categoria para o fundo das redes.

Logo depois do gol, Fernando Sobral arriscou de longe e obrigou Vinícius a fazer boa defesa, levando o empate para os vestiários.

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SEGUNDO TEMPO
A missão do Remo era a mesma para o segundo tempo, em busca de um gol, por isto, o time paraense resolveu ir para cima do adversário, mas não teve qualidade para armar jogadas e levar perigo real a Alex Alves. Bem mais organizado, o Sampaio Correa demorou para entrar na partida no segundo tempo.

Quando entrou na partida, o time maranhense passou a chegar mais no campo de ataque e assustou a torcida remista. Hiltinho invadiu a área com liberdade e ficou cara-cara com Vinícius. O meia-atacante tentou dar um toque por cobertura, mas o goleiro se recuperou e fez a defesa.

Léo Goiano mexeu no time para tentar quebrar a marcação do adversário, trocando um meia por outro. O Sampaio Corrêa aproveitou a instabilidade emocional do adversário para voltar a ficar na frente do marcador. Aos 24 minutos, Wellington Rato roubou a bola no campo de ataque e rolou para Uilliam empurrar para o gol vazio.

A situação degringolou de vez para o Remo depois do gol. A torcida começou a vaiar o time em cada passe errado e jogada que não dava certo. Até Eduardo Ramos foi alvo da fúria das arquibancadas. A situação que deixou claro a irritação dos torcedores veio aos 48 minutos. Danilinho, que havia acabado de entrar, cometeu duas faltas duras, tomou dois amarelos e acabou expulso, após 13 minutos em campo.

Na saída do gramado, o meia saiu aplaudido, ironicamente, pelos 35 mil torcedores presentes no Mangueirão. Um final tragicômico para uma festa que tinha tudo para ser bonita.