Rede Família Esporte: Adhemar,ex-ídolo do São Caetano, diz que hoje 'tudo é japonês'

Em entrevista, atacante relembra passagem pela Alemanha e critica futebol brasileiro: ‘Escolhem jogador pela altura'

Em entrevista, atacante relembra passagem pela Alemanha e critica futebol brasileiro: ‘Escolhem jogador pela altura'

0002050166724 img

Campinas, SP, 20 (AFI) – Um dos heróis e grande destaque do vice-campeonato Brasileiro do São Caetano, Adhemar já parou de jogar, mas ainda respira o futebol. Em entrevista ao Rede Família Esporte, programa da Rede Família de Televisão, o atacante analisou o cenário do futebol brasileiro como preocupante.

“Sei que é um pouco chato e saudosista dizer que nós jogamos com jogador de verdade. Hoje é tudo japonês. Só repete. Claro que é outra situação, mas o futebol brasileiro hoje está nivelado muito por baixo, exemplo disso foi o 7 a 1 para a Alemanha”, afirma.

Atualmente como técnico do sub-15 do Audax, Adhemar vê como equivocado o planejamento das categorias de base no país. Para o atacante, os jovens talentos são selecionados pela força física e não pela habilidade, pensando somente na venda para o exterior no futuro.

“EU E O ROMÁRIO NÃO TERÍAMOS VEZ”
“Hoje escolhem jogador pela altura. Tem que ter mais de 1,80, senão não serve, pois no futebol europeu eles valorizam isso. Querem saber de vender lá na frente. Ninguém quer saber se o menino joga bem. Eu, que tenho 1,68, ou o Romário, por exemplo, não teríamos vez nas categorias de base. O atacante fixo de área também está em extinção. Só querem o jogador de beirada. Não temos mais um camisa 9 de qualidade no futebol brasileiro. Só se pensa na força física e na velocidade. Habilidade de fazer gol não”.

Um dos heróis do vice-campeonato Brasileiro do São Caetano, Adhemar deu entrevista ao Rede Família Esporte - monolitonimbus.com.br

Um dos heróis do vice-campeonato Brasileiro do São Caetano, Adhemar deu entrevista ao Rede Família Esporte

Segundo Adhemar, que atuou em 2001 e 2002 no Stuttgart da Alemanha, o futebol brasileiro ainda está muito longe do futebol europeu, pois não conseguiu aliar a tática à habilidade individual.

“Lá eles são muito frios. O meu time tomava um gol, eu sai correndo e pegava a bola para jogar. Meu treinador me pedia calma, porque ainda tinha o jogo inteiro pela frente. O dia que eu estava bem em campo e fazia gol, o técnico me tirava, porque eu não tinha cumprido taticamente o que ele queria. O dia que eu achava que estava mal ele gostava, pois eu voltava para marcar, subia até a zaga. É uma obediência tática diferente, que nós não aprendemos aqui”, conta.

SOBRE O PROGRAMA REDE FAMÍLIA ESPORTE
Guina Paiva comanda um timaço de comentaristas que levam ao telespectador informações de última hora sobre o mundo esportivo, sempre com aquela pitada de polêmica. O Rede Família Esporte vai ao ar de segunda à sexta em duas edições. A 1ª Edição, a partir das 11h30, deixa o telespectador informado com os principais fatos que movimentam o esporte nacional e internacional, enquanto a 2ª Edição, a partir das 19h, faz um balanço de tudo o que foi notícia durante o dia.

SOBRE A REDE FAMÍLIA
Fundada em 1998, a Rede Família é uma das maiores emissoras de televisão situada no interior paulista com alcance nacional, atingindo mais de 80 milhões de pessoas em todo o Brasil. Com a missão de contribuir para a difusão de informação, cultura, lazer e entretenimento para o progresso da educação e da sociedade, o canal possui ampla grade de programação própria, exclusiva e de qualidade, atingindo diversos públicos nacionais.

Com transmissão por sinal digital HDTV e via satélite, a emissora está presente em sinal aberto nos estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Na região de Campinas/SP, além do sinal aberto (Canal 8), a Rede Família também pode ser sintonizada pelo canal 24 (NET). Pela NET, o canal também está presente nas cidades paulistas de Indaiatuba e Valinhos (Canal 24) e Limeira (Canal 12) – ao todo, são 18 cidades com cobertura desta operadora.