Quem são os culpados pelo papelão da Ponte Preta na Copa Paulista?
O presidente Marco Eberlin transferiu responsabilidade a dirigentes de gestões anteriores. Dívidas antigas desiquilibraram o orçamento.
O que se vê é a montagem de um time alternativo fraquíssimo para disputar a Copa Paulista, sem a mínima condição de postular alguma coisa.
BLOG DO ARI
Campinas, SP, 15 (AFI) – Quando cobrado sobre esse papelão que a Ponte Preta faz com a montagem deste time alternativo à Copa Paulista, o presidente Marco Eberlin transferiu responsabilidade a dirigentes de gestões anteriores.
Embora tenha evitado citar nominalmente, sabe-se que em anos anteriores Vanderlei Pereira, José Armando Abdalla Júnior e Sebastião Arcanjo presidiram o clube.
Segundo Eberlin, deixaram dívidas que implicaram em punição com dois ‘transfer ban’ pela CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), refletindo na proibição para Ponte Preta contratar jogadores.
O zagueiro Nathan, que deixou o clube em 2019, cobrou dívida de R$ 300 mil, enquanto o treinador Eduardo Baptista – hoje no Novorizontino – pleiteou receber R$ 1,7 milhão.
O que se vê é a montagem de um time alternativo fraquíssimo para disputar a Copa Paulista, sem a mínima condição de postular alguma coisa.
COPA DO BRASIL
Eberlin justificou que o planejamento inicial seria contar com jogadores de competitividade, visando condições de conquistar o título da Copa Paulista, o que implicaria em garantia de vaga à Copa do Brasil de 2024.
Todavia, atribuiu a proibição de contratações e redirecionamento de recursos para cobrir dívidas como objeções à proposta inicial.
Apesar dos contratempos, às véspera da competição o dirigente esclareceu que o clube não poderia recuar após confirmar participação.
Assim, em sete rodadas da Copa Paulista, este time alternativo da Ponte Preta conquistou apenas dois pontos, o último no empate sem gols contra o Oeste, domingo passado, na condição de visitante.
SEM CHANCES
Com o resultado, a Ponte Preta praticamente não tem chances de buscar classificação nos três jogos restantes da primeira fase.
Mesmo que contrarie a lógica e saia vencedora de todos eles, o limite seria onze pontos, e o máximo seria se igualar ao Oeste na pontuação, caso ele perca as suas três partidas restantes, como postulante a uma das duas vagas entre os terceiros colocados.
De acordo com o regulamento da competição, garantem vagas à segunda fase, às quartas-de-final, os dois primeiros colocados de cada um dos três grupos, e a eles se juntam os dois melhores terceiros colocados, um deles, com boas chances, o São José, com 14 pontos.
ENERGIA ELÉTRICA
Como a Ponte Preta vai cumprir tabela nos três jogos restantes desta primeira fase, está em tempo de seus dirigentes solicitarem à diretoria da Federação Paulista a antecipação do horário da partida contra o Bragantino, no próximo domingo em Campinas, para o período vespertino, em vez das 18h, como está programado.
Pelo menos se evitaria aumentar as despesas com energia elétrica.
Nas últimas partidas realizadas no Estádio Moisés Lucarelli, pela Copa Paulista, os prejuízos têm se repetido.
Na derrota para o XV de Piracicaba, na noite do último dia oito – terça-feira -, o público foi de 240 pagantes, com renda de apenas R$ 2.775.
Se as despesas somaram R$ 20.423,85, o prejuízo foi de R$ 17.648,85, sem contar o custo com energia elétrica.
ATÉ OUTUBRO
Não bastasse tudo isso, a Ponte Preta vai arcar com custos do elenco e comissão técnica até o dia 15 de outubro, data programada para o encerramento da competição e, por prudência, os contratos do grupo se estendem até lá.
Seja culpa de dirigentes de gestões anteriores, ou erro de cálculo dos atuais administradores, os prejuízos financeiros crescem gradativamente.
Será que alguém vai ser responsabilizado por isso?






































































































































