Que horror, hein Ponte Preta!

Jamais o time pontepretano deveria ter colocado em prática a disciplina tática praticada na Série A2, de encarar adversários em nível de igualdade.

Do contrário, pior ainda. Mesmo sem ser brilhante, o Vitória foi bem superior à Ponte Preta. Ela tentou encarar a nível de igualdade.

Série B - Vitória x Ponte Preta

Campinas, SP, 16 (AFI) – Qualquer coisa que não fosse derrota da Ponte Preta para o Vitória, na noite deste domingo em Salvador, seria zebra, na abertura de ambos no Brasileiro da Série B. Apesar disso, de certo o torcedor pontepretano não esperava que a sua equipe fosse levar um chocolate por 3 a 0.

E por que foi um fiasco, na estreia? Primeiro porque o treinador Hélio dos Anjos provavelmente não estava devidamente informado sobre o adversário que teria pela frente. Do contrário, pior ainda. Mesmo sem ser brilhante, o Vitória foi bem superior à Ponte Preta.

Com esta clara constatação, jamais o time pontepretano deveria ter colocado em prática a disciplina tática praticada na Série A2 do Paulista, de encarar adversários em nível de igualdade.

FECHADINHA

A Ponte Preta teria que se curvar à realidade e jogar fechadinha, mas paradoxalmente a proposta a ser executada foi como se estivesse enfrentando Lemense ou Linense. Série B do Brasileiro é extremamente competitiva. Logo, o que pretende a Ponte com a escalação de dois meias lentos, como Élvis e Matheus Jesus, dominados com facilidade pela marcação do time baiano?

Ambos só não foram absorvidos por inteiro porque Élvis teve a lucidez, aos 39 minutos do segundo tempo, para colocar o também meia Cássio Gabriel na cara do gol, mas, na finalização, a bola encobriu o travessão.

Além da precariedade na organização de jogadas, considere o agravante de não fazerem a devida recomposição, para fechar espaços do adversário, na marcação, o que provocou sobrecarga aos volantes.

LIMITAÇÕES

Evidente que limitações técnicas da equipe pontepretana são flagrantes. Não bastasse os laterais Weverton e Júnior Tavares não construíram jogadas ofensivas, ainda falharam na marcação. A jogada do primeiro gol do Vitória, aos 19 minutos do primeiro tempo, foi fruto de uma investida do rápido atacante Zé Hugo, pela esquerda, nas costas de Weverton.

No chute rasteiro, Caíque rebateu para o seu campo de jogo, e Felipe Amaral, na dividida de bola com o meia Giovanni Augusto, cometeu falta, a um palmo da risca da grande área.

Na cobrança, através do lateral-direito Zeca, em chute forte e rasteiro, a bola passou entre as pernas de Caíque França.

JÚNIOR TAVARES

E se o time pontepretano não contou com transição efetiva do lateral-esquerdo Júnior Tavares, houve comprometimento dele até na marcação, pois permitiu que o atacante de beirada Osvaldo, do Vitória, fizesse a diagonal sem ser incomodado, até arriscar chute com efeito, já nas proximidades da área, e acertar o ângulo direito do goleiro Caíque França, aos 43 minutos do primeiro tempo.

Claro que o volante Felipe Amaral, que deveria ser coadjuvante na marcação, pelo lado esquerdo da defesa, também não participou da jogada, pela falta de coordenação de quem atua na posição, de guarnecer o setor.

OUTRAS CHANCES

A atuação apagadíssima do atacante de beirada Pablo Dyego tem sido preocupação desde a Série A2.

Neste jogo, ele foi totalmente absorvido pelo lateral Zeca, enquanto Gui Pira, que o substituiu, foi mais insinuante através de dribles curtos, porém incapaz de finalizar com sucesso ao ficar cara a cara com o goleiro Lucas Arcanjo, aos 29 minutos do segundo tempo, com desvio de defensor adversário.

Também em finalização do lateral-esquerdo Jean Carlos, o goleiro Lucas Arcanjo defendeu, enquanto o Vitória, nas duas outras chances na sequência, explorou uma delas com sucesso, na bola cruzada da direita para complemento do volante Rodrigo Andrade, aos 37 minutos. E Caíque França salvou aquele que seria o quarto gol da equipe baiana, em finalização de Welder.

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