Que grande fidelidade, hein torcedor pontepretano!

Bastaram 24 horas para que a torcida pontepretana esgotasse os 800 ingressos colocados à disposição, visando ao jogo em Rio Claro

Que a fanática torcida da Ponte Preta anunciaria o 'ar da graça' naquela simpática cidade, creio que a Campinas desportiva não tinha dúvida.

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Torcida da Ponte Preta apoia time. Foto: Álvaro Jr - AAPP

Campinas, SP, 11 (AFI) – Aí dou uma fuçada no vasto informativo do portal Futebol Interior e deparo-me com a notícia de que bastaram 24 horas para que a torcida pontepretana esgotasse os 800 ingressos colocados à disposição, visando ao jogo do próximo sábado em Rio Claro, a partir das 15h30, contra o Velo Clube.

Que a fanática torcida da Ponte Preta anunciaria o ‘ar da graça’ naquela simpática cidade, creio que a Campinas desportiva não tinha dúvida.

Todavia, o reflexo disso foi acordar torcedores do time mandante, que agora mudam de postura em relação a jogos no Estádio Benitão.

Se no ano passado o público anunciado sequer superava mil pagantes, desta vez contraria previsões e já ultrapassa essa marca.

Embora a diretoria pontepretana tenha pedido aumento da carga de ingressos – e sabe-se que alguns vão comprá-los de última hora nas bilheterias do Benitão -, minha aposta de maioria dos visitantes para este jogo de sábado não deve se confirmar, Vai prevalecer o velo rioclarense.

ZÉ DO PITO

O assunto grandes caravanas de pontepretanos por esse interior afora obrigatoriamente nos remete à década de 60, quando o clube disputava acesso à divisão principal do futebol paulista.

Foi a época que a Ponte Preta teve no saudoso José Bertazolli, o Zé do Pito, o fiel representante de seus torcedores, ora como diretor social, ora como ‘diretor sem pasta’.

Aquela postura de grande líder seria para incendiar a torcida pontepretana em memoráveis caravanas.

Logo, natural que lembrasse uma coluna que produzi no dia dois de fevereiro de 2013.

CAMINHÃO

Naquela década de 60, sem que eu possa precisar o ano, a Ponte faria jogo importante em Bragança Paulista, contra o Bragantino, ocasião que Zé do Pito ficou enraivecido porque empresários do transporte não cederam ônibus à caravana.

Como também não havia possibilidade de locomoção através de trem, o jeito foi requisitar caminhões para que a Ponte Preta tivesse representatividade na arquibancada do então Estádio Marcelo Stefani através de sua torcida, hoje chamado de Nabi Chedid.

Foi quando Zé do Pito bradou:

‘Quem for pontepretano que siga-me!’.

Sem que houvesse proibição de transporte de pessoas na carroceria do veículo, uma multidão acatou o clamor de Zé do Pito e a cidade de Bragança Paulista ficou perplexa com aquele flagrante.

DIMARZIO

No início da década passada, parecia que o espaço deixado por Zé do Pito seria ocupado pelo também falante diretor social Giovanni Dimarzio, que habilmente conclamava a torcida para carregar o time no colo.

Bastava ele falar de caravanas para que a resposta fosse sintomática, principalmente porque conseguia condições satisfatórias, de baixo custo.

Pra refrescar a sua memória, pontepretano, Dimarzio surpreendeu com abertura de cem ônibus gratuitos para Mogi Mirim, em outra situação que também não me recordo o ano.

ARGENTINA

A capacidade de persuasão de Dimarzio implicou naquele deslocamento de aproximadamente quatro mil torcedores pontepretanos à Argentina, na final da Copa Sul-Americana contra o Lanús, em 2013.

Seja como for, independentemente de um líder para o comando de grandes caravanas, a certeza é que o pontepretano vai representar o seu clube por esse ‘interiorzão’ neste começo de 2023.

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