Campinas, SP, 19 (AFI) – “O ócio é a oficina do diabo”. O velho ditado pode soar exagerado, mas a falta de um jogo da Ponte Preta neste final de semana criou a possibilidade do técnico Paulo César Carpegiani apresentar uma de uma de suas facetas aos jogadores e à imprensa. Honrando o apelido de “Professor Pardal”, o treinador testou uma formação totalmente estranha e com duas improvisações, no treino desta sexta-feira pela manhã.

A principal surpresa foi a presença do lateral-esquerdo Uendel como segundo volante. Titular absoluto na ala, o jogador foi deslocado para atuar ao lado de Baraka, em um dos setores mais carentes do elenco. Lugar onde Fernando, Magal e Paulo Roberto decepcionaram.

Para suprir a vaga de Uendel, Carpegiani fez outra improvisação: escalou o zagueiro canhoto Diego Sacoman. O jogador já atuara na função pelo Ceará e em 2012 pelaa própria Macaca. Com isso, César, que foi bastante contestado na derrota para o Nacional-AM, atuou ao lado de Ferrón.

Outra surpresa fica por conta do lateral-direito peruano Luís Advíncula. Ele teve um bom desempenho nos treinos e parece que já ganhou a posição, que conta com Artur, Régis e Tiago Cametá. Nas demais posições, o time é basicamente o mesmo.

Durante a semana, Carpegiani já havia escalado uma formação diferente da que vinha atuando. Na vaga de segundo volante, ele colocou o meia Ramirez, que cumpre a função na seleção peruana. Com isso, os meias foram Adrianinho e Chiquinho.

Resta saber, agora, qual será a formação utilizada pelo treinador no jogo-treino contra o Audax, na manhã deste sábado, em São Paulo. Será que vem novas invenções pela frente? O zagueiro recém-contratado Raphael Silva, de 21 anos, que veio do Rio Preto, também deve ser testado.

O apelido “Professor Pardal” foi recebido na primeira passagem pelo São Paulo, em 1999, em alusão inventor do desenho animado Tio Patinhas. Tudo por conta da tendência do treinador em abusar das invenções e improvisações nos times pelos quais passou.