Presidente do Conselho da Ponte Preta escapa de destituição

Mesa tentou derrubar presidente por medidas autoritárias e monocláticas

Justiça negou liminar na véspera de reunião do CD, numa movimentação para eleições de novembro

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Campinas, SP, 23 (AFI) – Enquanto o time da Ponte Preta deu conta do recado dentro de campo, vencendo o Operário por 2 a 1, o clima nos bastidores do clube está elevadíssimo. Três conselheiros tentaram na Justiça a destituição do presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos. A medida liminar foi negada, um dia antes da reunião ordinária com os conselheiros marcada para esta quinta-feira à noite no Majestoso.

O objetivo era conseguir uma liminar para destituir o presidente do CD imediatamente, inclusive, através de uma medida tutelar, impedindo que ele conduzisse a reunião desta noite no Salão Nobre Pedro Pinheiro. O pedido foi negado pelo juiz da 1.ª Vara Cível, Renato Siqueira de Pretto.

SEM MOTIVOS
O juiz não viu motivos suficientes para a destituição, negando as alegações de três conselheiros, porém, de relevância porque integram a própria mesa do CD. O vice-presidente Pedro Benedito Maciel Neto, Rachid Mahmud Lauar Neto (primeiro secretário) e José Carlos Martins Junior (segundo secretário).

Membros da mesa alegam que o presidente Tagino Santos tomou medidas autoritárias no comando do CD, como a publicação de uma nota sobre a exclusão de conselheiros por suposta falta de pagamento, não seguindo os ritos estabelecidos pelo estatuto do clube.


Tagino não teria feito nenhuma consulta aos demais membros do conselho, bem como não respondeu a nenhum requerimento de nenhum dos conselheiros – foram dezenas – excluídos indevidamente, conforme decidiu a Justiça.


Mas o impeachment pode até acontecer nesta reunião ordinária, em princípio, apenas para leitura de ata anterior e assuntos menos importantes. O pedido pode ser colocado em votação, porém, a queda não poderia acontecer nesta reunião. Para a saída do presidente seria necessário uma reunião extraordinária com este objetivo, portanto, com publicação de edital e medidas protocolares.

CONTROLE DA MESA
Este é mais um capítulo por causa das eleições do clube marcadas para o dia 20 de novembro. Cabe ao presidente do conselho deliberativo estabelecer os critérios e conduzir as eleições. A eventual saída de Tagino implicaria na posse automática de Pedro Maciel.

Conforme rege o estatuto, o clube publicou em seu site oficial, nesta quarta-feira, a lista de todos os conselheiros e sócios que têm direito a voto. Um total de 785 pessoas, inferior à eleição anterior que foi de 835.

Conselheiros e associados podem votar e ser votados para eleição dos 150 membros do Conselho Deliberativo. Juntos com os 150 membros natos, depois, eles vão eleger o presidente e toda a diretoria executiva para o próximo quadriênio – de 2021 até 2024.

DUAS CHAPAS
Em princípio, existem dois grupos dispostos a disputar a eleição. Um deles é o DNA Pontepretano, que reúne o presidente de honra do clube, Sérgio Carnielli, com uma proposta revolucionária da construção de uma moderna arena no Jardim Eulina.


Outro grupo é denominado Movimento Renascer Pontepretano que acredita ser possível administrar o clube reunindo um grupo de apoiadores que possam ser eficientes no departamento de futebol.

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