Presidente da FPF garante fim em campo do Paulistão: "Temos que defender nosso produto"

Ele acredita que os Estaduais são mais simples de terminar por conta da proximidade das cidades

Ele acredita que os Estaduais são mais simples de terminar por conta da proximidade das cidades

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Campinas, SP, 15 (AFI) – O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, em entrevista ao programa Jogo Aberto, da TV Bandeirantes, nesta quarta-feira, acabou com todas as dúvidas sobre a volta das Séries A1, A2 e A3 do Campeonato Paulista. O dirigente afirmou que os clubes querem terminar os Estaduais em campo, mas com toda segurança jurídica e médica.

“A totalidade dos clubes de São Paulo querem terminar as competições, independentemente do tamanho ou da divisão. Temos que defender nosso produto e os produtos dos clubes são as competições. A partir do momento que não entrega o produto, nós vamos caminhar para trás, vamos ter prejuízo”, disse ele.

“O futebol profissional masculino, em todas as divisões, tem cota. Independentemente se o valor é grande ou pequeno. São bons valores. É isso que precisamos preservar: credibilidade e saúde financeira dos clubes. Os clubes são cumpridores das obrigações, todos querem e vamos terminar”, completou.

Fala, Reinaldo... (Foto: Fernando Calzzani / FPF)

Fala, Reinaldo… (Foto: Fernando Calzzani / FPF)

SIMPLES!
Reinaldo Carneiro Bastos acredita que os Estaduais são mais simples de terminar por conta da proximidade das cidades, da locomoção e por não precisar de aeroportos.

“Para nós do futebol, é mais simples você terminar seis rodadas dos Estaduais e depois caminhar para competições nacionais. Os Estaduais não precisam de aeroporto, de avião e nem se concentrar em hotéis. Você pode ter protocolo mais enxuto, mais simples. O Nacional precisa de aeroporto, hotel. (Competição) Internacional ainda mais complexo. Seria aos poucos. O Estadual seria a base de operações, o teste para enfrentar essa realidade. Vai ser diferente praticar futebol. Nós vamos ter que mudar o modo de fazer, agir e se comportar”.

CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA DO PRESIDENTE DA FPF:

PREOCUPAÇÃO Nº 1!
“Quando a bola parou de rolar, o futebol parou de acontecer, as receitas ou a grande maioria das receitas dos clubes passaram a diminuir, a encolher. Na maioria do segmento isso ocorreu. E essa é uma preocupação dos clubes, dos clubes com seus atletas, e da Federação com seus clubes e seus árbitros. Nós estamos, nesse momento, cuidando da saúde das pessoas, nesse momento, nos preparando para, com segurança, e depois, de autorizado pelas autoridades de saúde do Governo, voltarmos”.

“Esse é o caminho. Nós vamos voltar com segurança saúde e também jurídica. Nós sabemos que tem clubes com contrato até 30 de abril, sem calendário anual. Essa preocupação existe. Nós vamos adaptar nossos regulamentos a realidade atual com toda a segurança jurídica, nós vamos atender o regulamento da Federação, o estatuto da Federação, a Lei Pelé, Estatuto do Torcedor. Para os clubes não terem nenhum risco jurídico. Será possível para todos ter equipe para terminar o campeonato com segurança jurídica e segurança médica”.

Tudo bem explicado. (Foto: Rodrigo Corsi / FPF)

Tudo bem explicado. (Foto: Rodrigo Corsi / FPF)

DATA!
“Não há limite (para voltar a competir). A saúde dos atletas está em primeiro lugar. Vida humana não tem preço. Não temos data, hora, o que temos é consciência. Vamos fazer quando puder, quando for possível. Com segurança médica, com cuidados para a saúde”.

VONTADE DOS CLUBES!
“Primeiro é respeitar a vontade dos clubes. Não sou dono da competição. Eu organizo uma competição em que os clubes definem a fórmula de jogar, assinam contratos. A FPF organiza a vontade dos clubes. Em primeiro lugar está a vontade dos clubes. O que eu sinto nos clubes, achar um caminho com segurança e que preserve a saúde dos envolvidos para depois falar de futebol, como vai jogar, quando, se vamos concentrar todo mundo. Isso não foi discutido ainda”.

“Nós vamos decidir o que os clubes quiserem. Mas os clubes de São Paulo são cumpridores dos seus compromissos, honram seus contratos. Voltar o futebol quando for possível. A vontade dos clubes, a vontade da FPF, dos árbitros, dos atletas, é terminar as competições, jogar as competições do Brasileirão Séries A e B como foram planejadas, com 38 rodadas. Essa é a vontade. Mas tudo no momento correto, com segurança e saúde”.

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COTAS!
Os clubes de São Paulo, todos eles, têm uma cota, recebem para jogar. Único Estadual do Brasil que paga cota para todos os clubes. As Séries A1 e A2 têm contratos com TV. Voltando o futebol, os clubes voltam a receber suas cotas e aí poderão fazer frente a seus compromissos. Eles terão uma receita assim que o futebol voltar a acontecer. Temos que esperar para sair dessa situação. Acho pouco provável, no início, termos público nos estádios. Temos que ter paciência. Perseverança, no momento oportuno, falar de futebol”.

COMO ASSIM?
“Nunca escutei essa conversa (Brasileirão com jogos só em São Paulo), a não ser pela imprensa. E acho muito pouco provável que isso aconteça”.