Campinas, SP, 1 (AFI) – Você ainda tinha dúvidas sobre o acesso antecipado da Ponte Preta, após aquela goleada sobre o XV por 3 a 0, em Piracicaba? Preferiu a velha máxima de que o futebol é traiçoeiro, que tudo poderia ocorrer no novo confronto, na noite deste sábado, em Campinas?

Pois aqui e entre a boleirada da Ponte não havia dúvidas, tanto que foram vistos boleiros, após o jogo, com outra camisa, com mensagem da crença que tudo sairia nos conformes: ‘voltamos à Série A1’. Enfim, a volta para onde sequer deveria ter saído, né dona Ponte Preta?

Se podia perder do XV de Piracicaba até por diferença de três gols, a sua obrigação de complemento festivo foi levada a cabo nesta nova vitória, desta vez por 2 x 0, sobre o mesmo XV, na noite deste sábado.

Que essa dura rodagem por esse interiozão afora, nesta Série A2 do Paulista, sirva de exemplo para que desmanzelos administrativos de gestões anteriores não voltem a colocar o clube em ruína no futebol.

Que o garantido acesso ao Paulistão 2024 seja apenas uma pontinha para o recomeço de trajetória ascendente, que a transformou em vitrine do futebol brasileiro nos anos 70.

TÍTULO

A carência de títulos pela Ponte Preta aumenta a importância para que levante o caneco desta A2, na finalíssima contra o Novorizontino, a começar pela próxima quarta-feira, em Novo Horizonte. A campanha dominante durante a primeira fase da competição a condiciona para decidir a parada em seu Estádio Moisés Lucarelli, na segunda partida da final.

E quando se fala em decisão de título em Campinas, septuagenários logo vão lembrar aquele sete de março de 1965, quando a Portuguesa Santista arrancou vitória por 1 a 0, e deixou a Ponte Preta com o vice da antiga Primeira Divisão, ainda válido para a edição de 1964.

Logo, para espantar qualquer surpresa ou prevalência da síndrome de vice-campeonato, a chance é clara para se entrar de cabeça pela ambição de título.

VITÓRIA INQUESTIONÁVEL

Nesta vitória da Ponte Preta sobre o XV, neste sábado, registro para o prevalecimento de seu melhor futebol diante de um adversário apenas voluntarioso, que reconhece claramente as suas limitações, tanto que não se atirou corajosamente ao ataque.

E por optar pelo futebol de segurança, adotando os devidos cuidados para não ser surpreendida, a Ponte Preta criou apenas o suficiente para sair vencedora. Primeiro quando o meia Élvis, aos 42 minutos do primeiro tempo, colocou o centroavante Jeh na cara do gol e a finalização foi precisa.

Depois, aos 41 minutos do segundo tempo, quando o lateral-esquerdo Jean Carlo ajeitou de cabeça para o interior da área, o meia Matheus Jesus finalizou, e na trajetória da bola ainda houve tempo do toque definitivo do centroavante Eliel, deslocando o goleiro Alan: Ponte Preta 2 a 0.

CAÍQUE FRANÇA

Duas defesas de porte foram registradas pelo goleiro pontepretano Caíque França. Primeiro quando Samuel Andrade, já dentro da área, exigiu que o goleiro se esticasse no canto direito e evitasse o gol.

Depois, aos 14 minutos do segundo tempo, quando mostrou reflexo para defender cabeçada do centroavante Anderson Cavalo e, no rebote, outra intervenção no chute de Rodolfo Mol. A Ponte também teve chances através de Matheus Jesus e Pablo Diego, mas o goleiro Alan estava atento.

CADÊ VOCÊ

Como o 31 de março marcou o segundo ano da morte do treinador Diede Lameiro, foi reproduzida coluna sobre ele, no espaço Cadê Você, que pode ser acessado neste link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/

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