A Ponte Preta conseguiu transformar um jogo fácil em difícil diante do Brasil de Pelotas, no Sul do País, no empate por 1 a 1, na noite desta terça-feira, na sequência do Campeonato Brasileiro da Série B.

Pela deficiência mostrada pelo adversário, notadamente no primeiro tempo, pode-se dizer que a Ponte perdeu dois pontos, em vez de ter trazido um de Pelotas.

A covarde estratégia do time gaúcho era não sofrer gols, com montagem de uma linha de três zagueiros, dois laterais, e um cinturão à frente deles para proteger o goleiro Rafael Martins.

Impossível que a comissão técnica da Ponte Preta desconhecesse o propósito do treinador adversário Hemerson Maria de montar ferrolho.

Considerando-se que a Ponte não dispõe do driblador com capacidade de penetração pra clarear as jogadas, o caminho indicado seria levar a bola rente a linha de fundo, para posterior cruzamento pra trás.

Sabem quantas vezes a Ponte fez isso na partida?

Duas, e apenas no segundo tempo.

Um passe rasteiro de João Paulo e bola alçada por Apodi.

Assim, o que se viu foi a Ponte propôr o jogo, rodar a bola de uma extremidade a outra do campo, domínio durante todo o primeiro tempo, sem que isso resultasse em chance real de gol.

JOÃO PAULO

Com propósito de tirar o atacante Bruno Rodrigues da beirada, para que centralizasse e fizesse companhia a Zé Roberto, o treinador João Brigatti deslocou o meia João Paulo para ocupar a faixa da esquerda.

Não adiantou. Ao ficar isolado entre os zagueiros, o atacante Zé Roberto até recuou para participar das jogadas, de forma infrutífera.

PÊNALTI INEXISTENTE

O panorama se repetia no segundo tempo, com intenso volume ofensivo da Ponte, até que bola tocada na área do Brasil bateu involuntariamente no braço do lateral-direito Lázaro, e o árbitro Mairon Frederico Novaes marcou pênalti favorável ao time pontepretano, convertido por Bruno Rodrigues aos 15 minutos.

Depois disso a covardia do Brasil foi trocada por ousadia em busca do empate, ocasião em que a malha de marcação pontepretana mostrou deficiências. Propiciou volume de jogo ao adversário, que até ameaçou por quatro vezes.

Poveda perdeu gol certo e chutou bola na trave, em lance igualmente repetido por Luis Henrique.

Assim, como o gol estava maduro, lateral Lázaro, de cabeça, empatou aos 38 minutos.

Enquanto isso, a Ponte só desperdiçou chance em finalização de Bruno Rodrigues, após receber passe do volante Luís Oyama.