Campinas, SP, 12 (AFI) – Enquanto a atual administração da Ponte Preta não define um candidato para as eleições do final do ano, já existe um candidato oficial para conduzir os destinos do clube de 114 anos para os próximos anos. É um velho conhecido: Lauro Moraes Filho. Ex-presidente da Ponte Preta nos anos 80 e 90 ele tem como objetivo de vida dar mais uma vez sua contribuição ao clube de coração.

“Esta é para mim uma missão”, resumiu Lauro Moraes, de forma enfática, e muito aplaudido pelos presentes ao evento.

Depois explicou um pouco mais sobre suas intenção:

“Não é segredo para ninguém que pretendo voltar ao comando da Ponte Preta. Na última eleição eu perdi na eleição dos associados, que na verdade eram pessoas de uma empresa. Agora espero contar com o apoio dos verdadeiros pontepretanos”, afirmou Lauro Moraes, em festa de comemoração dos 114 anos de fundação do clube, realizada, segunda-feira à noite, num restaurante da cidade – Churrascaria Apaloosa’s.

Mais de 500 pessoas participaram do evento, entre convidados, associados e conselheiros – eleitos e natos. E também muitos ex-jogadores, como Vanderlei Paiva, Tuta, Osvaldo e Heitor, atual prefeito da cidade de Laranjal Paulista.

LEGAL, MAS IMORAL
Quando se referiu à última eleição, Lauro Moraes quis dizer que na época, centenas de pessoas que pertenciam a empresa TECNOL – do presidente cassado, Sérgio Carnielli, por irregularidades na forma de fazer o balanço do clube. A empresa de óculos foi vendida há dois anos para uma multinacional.

“Aquela foi uma eleição de araque. Podem dizer que foi uma manobra legal, mas com certeza foi totalmente imoral”, disse Marcos Garcia Costa, ex-presidente do conselho deliberativo e um dos que prestigiaram o evento.

Para Lauro Moraes, o que acontece na administração da Ponte Preta é inadmissível. Seria um “bando de garotos” brincando de tomar conta de um clube centenário, o mais velho do Brasil.

A incompetência do atual presidente em exercício, Márcio Della Volpe, foi ressaltada por muitos aficionados. No ano passado ele demonstrou várias vezes sua incapacidade em dirigir o clube, culminando com o rebaixamento do time da Série A para a Série B do Campeonato Brasileiro.

“Isso custou aos cofres do clube perto de R$ 40 milhões de prejuízo, de dinheiro que não entrou. Quem é responsável por este prejuízo? É claro que é o presidente e seus pares”, comentou Peri Chaib, também presente na reunião.

INCOMPETÊNCIA E PREJUÍZO
Estes valores viriam das cotas de televisão – perto de R$ 30 milhões – e o restante em patrocínios e também em valores arrecadados com a venda do pay-per-view.

Lauro Moraes pretende nos próximos dias, colocar a sua campanha na rua. O processo eleitoral na Ponte Preta prevê uma eleição de associados em novembro e depois, em dezembro, uma eleição entre os 300 conselheiros dos clubes – 150 eleitos e mais 150 natos (grupo de ex-presidentes, ex-dirigentes atuantes, conselheiros por muitos anos).