A Ponte Preta não soube vencer a Portuguesa, que tinha dois jogadores a menos. Isso mesmo: 11 contra 9.
São vários os motivos deste empate, a começar pela insistência em fazer seguidos chuveirinhos contra a meta adversária, sem ter um cabeceador

Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 22 (AFI) – A pergunta do torcedor pontepretano é como o seu time não soube tirar proveito para vencer a Portuguesa – neste empate sem gols -, pois ela atuou todo o segundo tempo com dois jogadores a menos, na noite desta quarta-feira, em Campinas?
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Um parêntese: no pé da página tem assunto sobre Guarani,
produzido em áudio no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
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São vários os motivos, a começar pela insistência em fazer seguidos chuveirinhos contra a meta adversária, principalmente através do lateral-esquerdo Danilo Barcelos, desconsiderando-se que por ora a Ponte não conta com aquele cabeceador nato, tipo o centroavante Jeh, para aproveitamento no jogo aéreo.
Logo, jogadores do esquema defensivo luso, além do goleiro Rafael Santos, se encarregaram de interceptar a maioria dessas jogadas.

INFILTRAÇÃO
De que adianta a Ponte Preta rodar a bola até as imediações da área adversária se carece do atleta da infiltração para, em última análise, cavar uma falta por ali?
A pergunta é: e o atacante Jean Dias?
Por ora é jogador de um tempo só. Justamente no segundo tempo estava desgastado, já não tinha ‘pernas’, tanto que demorou para ser substituído, após desperdiçar uma das chances de sua equipe, quando aos 20 minutos testou a bola para fora.
E saiu apenas aos 37 minutos, mas o que esperar do seu substituto Renato?
Aquilo de sempre, ou seja: perdendo gols. Quando no reflexo o goleiro da Lusa, Rafael Santos, defendeu conclusão de Bruno Lopes, a bola se ofereceu para Renato, que a chutou para fora, aos 40 minutos.
Afora isso, a Ponte também ameaçou a meta adversária em chute forte, de fora da área, do meia Élvis, e outra tentativa de longa distância de Serginho.
No primeiro lance, Rafael Santos espalmou; no segundo resvalou na bola antes dela chocar-se no travessão.
LADOS DO CAMPO
O que faltou, então, para convencimento desse time pontepretano?
Ainda não há ajustes de jogadas – e com rapidez – pelos lados do campo.
Falta conexão do lateral com atacante de beirada, e aproximação do meia, para triangulações e consequente envolvimento da marcação adversária.

LUSA ESTAVA MELHOR
O time luso entrou em campo determinado a atacar e buscar a vitória, tanto que teve pleno domínio nos primeiros 15 minutos, centralizando as jogadas ofensivas pelo lado esquerdo, com o seu meia Cristiano posicionado por ali, trabalhando jogadas com o atacante Maceió, ambos coadjuvados pelos avanços do lateral-esquerdo Lucas Hipólito.
O domínio da Portuguesa era tal que jogadores da Ponte se desfaziam da bola, quando conseguiam o desarme, até que na sequência a partida foi equilibrada, principalmente pela expulsão estúpida provocada pelo quarto-zagueiro Alex Nascimento, da Lusa, ao atingir Jean Dias com cotovelada, ao 29 minutos do primeiro tempo.
A rigor, naquele período, chance clara de gol teve a Portuguesa, em passe errado do zagueiro Saimon, da Ponte Preta, presenteando Daniel Júnior, que chutou a bola em cima do goleiro Diogo Silva, aos 32 minutos.
MACEIÓ, GESTO ESTÚPIDO
Depois, um gesto estúpido do atacante Maceió, da Portuguesa, ao revidar provocação de Victor Andrade, da Ponte Preta, que estava na reserva, com ofensa flagrada, que causou-lhe a expulsão.
Justo ele que até então era o melhor jogador em campo e participava das jogadas ofensivas criadas por sua equipe.
Mesmo assim, a Lusa teve chance de ouro para marcar gol em contra-ataque, no segundo tempo, desperdiçada por Cristiano, com defesa do goleiro Diogo Silva.

VAIAS NO FINAL
Daqueles 5.017 torcedores presentes ao Estádio Moisés Lucarelli, 90% eram pontepretanos que ficaram irritados com o rendimento de sua equipe.
Por isso, parte deles extravasou com vaias pelo ponto perdido em casa, principalmente diante das circunstâncias oferecidas para vitória.
GUARANI
Tem espaço reservado sobre Guarani, sim senhor. E críticas ao senhor Rômulo Amaro, presidente em exercício do clube, que o conduz como se fosse uma SAF, sem dar satisfação à torcida, e com isso arruma uma brava encrenca contra os bugrinos.
Esse assunto é analisado em áudio, no espaço correspondente no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/.
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