Ponte Preta já “disputou” duas vezes a Série C e nunca conquistou o acesso
O time enfrenta o Brusque e pode dar mais um passo rumo ao tão esperado retorno à Série B.
O campeonato de 1990 foi o único em que a Ponte efetivamente disputou a Série C, tirando, claro, o da atual temporada.
Campinas, SP, 11 (AFI) – A temporada de 2025 pode marcar um capítulo inédito na história da Ponte Preta. Ao iniciar o quadrangular final da Série C com vitória sobre o arquirrival Guarani, a Macaca abre caminho para, enfim, conquistar o primeiro acesso da sua história dentro de campo na terceira divisão. No domingo, às 19h, no Moisés Lucarelli, o time enfrenta o Brusque e pode dar mais um passo rumo ao tão esperado retorno à Série B.
Mas o curioso é que, embora esteja apenas em sua segunda passagem oficial pela Série C, a Ponte carrega uma trajetória cheia de nuances quando se fala da divisão. Em 1990, esteve na competição pela primeira vez, mas não conseguiu subir. Já em 1995, escapou de disputar novamente a terceira divisão graças a uma decisão administrativa da CBF, que puniu o Barra do Garças-MT e garantiu a permanência da equipe campineira.
1990: a primeira e única participação em campo
O campeonato de 1990 foi o único em que a Ponte efetivamente disputou a Série C, tirando, claro, o da atual temporada. Naquele ano, a terceira divisão tinha um formato inflado, com dezenas de clubes espalhados em chaves regionais. A Macaca não conseguiu engrenar, caiu ainda na primeira fase e acabou eliminada precocemente, sem qualquer chance de brigar pelo acesso. Foi uma passagem curta, mas suficiente para marcar a memória do torcedor: a única vez em que a Ponte jogou a Série C em campo.
1995: o “quase rebaixamento” salvo no tapetão
Cinco anos depois, em 1995, o risco de voltar à Série C bateu à porta. A campanha no Brasileirão da época foi ruim, e a Ponte estaria rebaixada. No entanto, o destino ajudou: o Barra do Garças-MT foi punido pela CBF, e com isso a Macaca acabou se salvando nos bastidores. Não foi um acesso conquistado dentro das quatro linhas — na prática, foi uma fuga do rebaixamento que impediu uma segunda participação na Série C.
O presente: acesso para ser conquistado em campo
Por isso, o peso de 2025 é enorme. A Ponte nunca precisou conviver longamente com a Série C, mas também jamais conquistou um acesso vindo dela. O cenário atual é diferente: o time iniciou o quadrangular com vitória em um dérbi histórico contra o Guarani e agora sonha em dar sequência contra o Brusque, diante de sua torcida, no Moisés Lucarelli.
O discurso nos bastidores é claro: desta vez, o acesso precisa vir dentro de campo, sem depender de regulamentos, punições ou viradas de mesa. Para um clube acostumado a viver entre a Série A e a Série B, conquistar a vaga na Série B de 2026 pela bola será também uma forma de reafirmar sua grandeza e encerrar de vez um tabu incômodo em sua história.
Mais que acesso, uma afirmação
Se conseguir a classificação, a Ponte não apenas volta à Série B, mas também escreve um capítulo simbólico: a primeira conquista de acesso a partir da Série C em seus mais de 120 anos de existência. Um feito que, além de esportivo, tem caráter histórico e emocional.
O domingo contra o Brusque pode ser apenas a segunda rodada do quadrangular, mas já carrega um peso especial: é a chance de a Macaca transformar o passado de incertezas na Série C em um presente de afirmação. E, quem sabe, virar a página de vez para nunca mais revisitar os fantasmas de 1990 e 1995.






































































































































