Ponte Preta enfrenta ações trabalhistas de mais de R$ 3,6 milhões movidas por jogadores

Novo reforço do América-MG, Maguinho cobra R$ 2.892.863,32 da Macaca, em processo que tramita na 12ª Vara do Trabalho de Campinas

Já Jean Dias, que está a caminho do Atlético-GO, entrou com ação na 5ª Vara do Trabalho de Campinas pedindo R$ 795.297,18.

Ponte preta
Maguinho, lateral da Ponte Preta. Foto: Pedro Zacchi/Ag. Paulistão

Campinas, SP, 14 (AFI) – A Ponte Preta vive um dos momentos mais delicados de sua história recente. Em meio a atrasos salariais e problemas de caixa, o clube passou a lidar, nos últimos dias, com duas ações trabalhistas milionárias movidas por ex-titulares da equipe: o lateral-direito Maguinho e o atacante Jean Dias.

Novo reforço do América-MG, Maguinho cobra R$ 2.892.863,32 da Macaca, em processo que tramita na 12ª Vara do Trabalho de Campinas. O valor inclui supostamente dois meses de salários atrasados (R$ 230 mil), saldo salarial de sete dias, 13º e férias proporcionais de 2025, depósitos de FGTS, auxílio-moradia e multa do artigo 477 da CLT.

MAGUINHO PÕE NO PAU

A maior fatia da cobrança, porém, vem da cláusula compensatória desportiva: R$ 1,892 milhão, referentes aos salários que receberia até o fim de seu contrato, em novembro de 2026. O jogador também pede honorários de sucumbência, estimados em R$ 377,3 mil.

Titular absoluto sob o comando de Alberto Valentim, Maguinho deixou oficialmente o clube na última sexta-feira, após comunicar a diretoria que não continuaria em função dos atrasos e nem viajar a João Pessoa (PB) para compromisso da Série C diante do Botafogo-PB.

Já Jean Dias, que está a caminho do Atlético-GO, entrou com ação na 5ª Vara do Trabalho de Campinas pedindo R$ 795.297,18. O valor envolve salários atrasados, direitos de imagem, luvas, férias, FGTS, multas rescisórias e cláusula compensatória de R$ 135 mil — calculada até o fim do contrato, em outubro deste ano. O atacante já obteve a rescisão indireta do vínculo.

SITUAÇÃO DA PONTE PRETA

A crise financeira tem feito a diretoria se reunir com o elenco para tentar renegociar pendências e evitar novas ações. O cenário, somado à instabilidade nos bastidores, pesou para que o técnico Alberto Valentim aceitasse proposta do América-MG e deixasse o comando da equipe. Marcelo Fernandes assumiu o cargo.

Com dificuldades para “colocar a casa em ordem”, a Ponte Preta agora tenta estancar a saída de atletas e reorganizar o departamento de futebol, enquanto lida com cobranças que, somadas, ultrapassam R$ 3,6 milhões apenas nestes dois processos.

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