Ponte Preta e Vila Nova mostram porquê continuam na rabeira

Os dois times mostraram com clarividência porque estão no pelotão de baixo da classificação. E não dão esperanças ao seus torcedores.

De que adiantou a Ponte ter mais posse de bola se não conseguiu infiltração? Estão confundindo volume de jogo, intensidade, com jogar bem.

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Vila e Ponte Preta seguem na zona de rebaixamento. Foto: Roberto Corrêa/VNFC

Campinas, SP, 28 (AFI) – BLOG DO ARI – Com jogos simultâneos das equipes de Campinas, na noite desta terça-feira pelo Campeonato Brasileiro da Série B, a prioridade foi relato do empate por 1 a 1 entre Vila Nova e Ponte Preta, em Goiânia, mas fica para os parceiros bugrinos contarem a derrota em Campinas de sua equipe por 2 a 0, para o Ituano.

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Ponte Preta e Vila Nova mostraram com clarividência porque estão no pelotão de baixo da classificação.

O time pontepretano chutou apenas três bolas em direção ao gol adversário ao longo da partida, e um delas foi um presentaço provocado pelo goleiro Tony, do Vila Nova, que errou ao tentar sair jogando, foi desarmado pelo atacante Lucca, que completou com o gol vazio logo aos seis minutos do primeiro tempo.

Afora isso, ainda antes do intervalo, um cobrança de falta nas proximidades da área que Lucca exigiu rebote de Tony, enquanto na outra fase o mesmo pontepretano, um chute de longa distância foi defendido sem problemas.

Cá pra nós: isso é ter jogado bem, como disseram os homens de televisão que participaram da transmissão?

Estão confundindo volume de jogo, intensidade, com jogar bem.

De que adiantou a Ponte ter mais posse de bola se não conseguiu infiltração?

NORBERTO E FESSIN

A Ponte ficou com a bola no campo ofensivo, durante o primeiro tempo, devido aos seguidos avanços de seu lateral-direito Norberto e lampejos do meia-atacante Fessin.

De que adianta Norberto se projetar ao ataque se não há jogada combinada para complementação?

Quanto a Fessin, por si só é individualista, e quando consegue se desvencilhar de adversários, em sequência, pode produzir preocupação.

PÊNALTI E NADA MAIS

Afora isso, a Ponte inexistiu até no primeiro tempo, período em que enfrentou um medroso Vila Nova, com preocupação clara de se defender e optar por contra-ataques, mesmo na condição de mandante.

Contra-ataques? Chutões pra frente para se desfazer da bola, com apenas o desengonçado atacante Rubens à frente.

Por sorte, a correção da besteira feita pelo goleiro Tony surgiu em lance fortuito, aos dez minutos.

Fessin ficou de braço aberto dentro da sua própria área, durante cruzamento de Diego Tavares. Aí o árbitro Antonio Dib Moraes de Sousa flagrou o toque e marcou pênalti, convertido por Rubens.

VILA ACORDOU

Vaias da torcida do Vila Nova ao final do primeiro tempo e chacoalhão do treinador Dado Cavalcante, durante o intervalo, serviram para transformar aquela equipe medrosa e intranquila em determinada.

Se tecnicamente está claro que o time goiano carece de peças mais qualificadas, principalmente desfalcado do meio-campista Arthur Rezende, pelo menos os seus jogadores se valeram da competitividade.

A mudança de panorama teve muito a ver com incursões dos laterais Alex Silva e Willian Formiga ao ataque, pois raramente haviam passado do meio de campo no primeiro tempo.

Logo, a bola começou a chegar nos atacantes de beirada Diogo Tavares e Pablo Dyego, sem que fossem construtores de jogadas. Todavia se valeram de seguidos cruzamentos, a exemplo dos lances de bola parada, quando os zagueiros Rafael Donato e Alisson Cassiano foram à área pontepretana para o cabeceio.

CANSAÇO E SORTE
Foi assim que Rafael Donato, em cabeçada fraca propiciou defesa de Caíque França, e em rebote da defesa pontepretana Diego Tavares acertou chute forte com a bola beijando a trave esquerda de Caíque.

A queda de rendimento da Ponte teve muito a ver com cansaço de Norberto e Fessin e a demora do treinador Hélio dos Anjos para trocar as peças.

E a Ponte ainda correu risco de perder o jogo aos 49 minutos do segundo tempo, quando Pablo Diego, de cabeça, desperdiçou a chance.

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