Curitiba, PR, 03 (AFI) – A morte do presidente da Fúria Independente, torcida organizada do Paraná Clube, ainda repercute Brasil afora. Torcedores cobram explicações sobre a ação da Polícia Militar no último sábado (30), após partida pela Série D, nos arredores da Vila Capanema, quando Mauro Machado Urbim, o Maurinho, veio a óbito após ser pisoteado por um cavalo do Regimento de Polícia Montada.

Na manhã desta quarta-feira (03), o Coronel Hudson Leoncio Teixeira – comandante geral da PMPR – concedeu entrevista coletiva para prestar esclarecimentos sobre o caso. 

“Nossa intenção é que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível. Abrimos um procedimento administrativo, ouvimos 11 policiais da cavalaria”, disse.

O Coronel afirma que a perícia está investigando a origem do ocorrido e que a polícia já recebeu diferentes versões sobre o que teria acontecido no entorno do estádio. 

“Fizemos perícias no estádio, buscamos filmagens do estádio e nos arredores com o objetivo de esclarecer o que aconteceu. Várias versões chegaram até a PM. Uma diz que o Sr. Mauro corria no momento, tropeçou e bateu a cabeça no chão. Outra que o Sr. Mauro teria caído ao tentar tirar uma bandeira de um local alto. E que houve um tumulto e que a cavalaria teria atuado na dispersão do tumulto. A cavalaria, nesses eventos, é fundamental para a preservação da vida humana”

O comandante da Polícia Montada pede para que provas sejam apresentadas para colaborar com a investigação. 

‘’Pedimos para que todas as pessoas que viram o que aconteceu, que tenham filmagens, tragam para a PM. Não estamos nos isentando de nenhuma responsabilidade. É o momento de respeito a família e a memória do Sr. Mauro Urbim”.

TORCEDORES NEGAM INVASÃO DE TORCEDOR DO PARANÁ

Tanto torcedores do Paraná, quanto do Cascavel, adversário do Tricolor na ocasião, afirmam que não houve tentativa de invasão por parte da organizada, e nem reação à ação da polícia, como foi dito por  Hudson Leoncio Teixeira.

“Pediram que a torcida se acalmasse, mas eles continuaram se aglomerando. Não foram ouvidos e foi necessário repelir esses torcedores para que eles se afastassem. Eram 9 policiais montados e mais dois a pé” relatou o Coronel. 

O comandante, questionou que Maurinho tenha sido pisoteado pelo animal e disse que vai aguardar os laudos da necropsia para tomar uma decisão sobre o caso. 

“Depois que tivermos os laudos da necropsia vamos saber a causa da morte. Nenhum dos policiais montados observou qualquer cavalo pisoteando o Sr. Mauro. Temos vários vídeos em grupos de torcedores com torcedores correndo nesse tumulto. Tudo será anexado ao IPM. A PM foi provocada a agir em defesa de outros. Como ele foi vitimado não sabemos e não estamos nos isentando de nenhuma responsabilidade”, finalizou Cel. Hudson.

Revoltados, torcedores do Paraná Clube rebateram o posicionamento da Polícia Militar na coletiva e ainda cobram explicações. 

‘’Então, se ficar comprovado que de fato o cavalo atingiu ele, esses policiais serão indiciados por mentirem na investigação?’’, questionou um torcedor nas redes sociais.

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