Pernambucano: Após demissão de filho por justa causa, Hélio dos Anjos indica saída do Náutico

O treinador não aceitou a demissão do filho e pode abrir mão de comandar o Timbu

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Recife, PE, 11 (AFI) – O clima está quente no Náutico. O clube terá uma reunião na tarde desta sexta-feira com Hélio dos Anjos, que deverá deixar o clube após a demissão do seu filho e auxiliar técnico Guilherme dos Anjos por justa causa.

Em contato com o Portal Futebol Interior, Hélio dos Anjos frisou ter contrato com o Timbu até dezembro, mas mostrou indignação com a situação envolvendo o seu filho e prometeu tomar uma decisão sobre a permanência no Náutico até a tarde desta sexta-feira. O tom, no entanto, foi de crítica ao presidente Diógenes Braga.

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Hélio dos Anjos deve deixar o Náutico. Foto: Caio Falcão/Náutico

Guilherme dos Anjos foi demitido após criticar o clube pela omissão no caso envolvendo a invasão dos torceres às dependências do clube, algo que não caiu bem entre jogadores e comissão técnica.

Confira a nota oficial de Guilherme Santos sobre a saída:

Na data de ontem fui surpreendido com o recebimento de uma carta de demissão por justa causa completamente infundada aplicada pelo clube.

Não iria me posicionar publicamente sobre a questão da justa causa, pois esse sim é um tema que deve ser discutido por outros meios e não por meio dos veículos de comunicação. Contudo, como o clube deu publicidade a situação me vejo obrigado a me posicionar sobre o ocorrido.

Fui dispensado por justa causa sob a alegação de que teria supostamente ofendido a honra do clube ao realizar uma postagem na minha rede social, bem como por ter me “envolvido em evento lamentável no pós jogo de 09/02/2022 de confronto com torcida.”

No que se refere a postagem feita esclareço que em nenhum momento me referi diretamente ao Náutico, mas sim a uma realidade recorrente no futebol brasileiro (a qual é de conhecimento público e notório) com atrasos nos pagamentos e falta de segurança. E isso precisa acabar, o futebol não é diferente de nenhum outro ambiente de trabalho, as normas e leis trabalhistas valem ali, e precisam ser respeitadas. Sempre defenderei essa melhora. Nunca ofendi ou denegri a imagem do clube, pelo contrário, sempre desejei mudanças para possibilitar melhores resultados e condições de trabalho no futebol.

Sempre me dediquei ao máximo ao clube com um trabalho incansável pelos melhores resultados ao Náutico. Minha consideração e respeito pelo Timbu não podem ser questionados. Tanto que retornei ao clube justamente para desenvolver um trabalho sério e duradouro (até, no mínimo, dezembro/2022, fim do contrato) com um único objetivo: levar o clube o mais longe possível. 

No que tange ao episódio ocorrido no dia 09/02/2022 eu, assim como os demais companheiros de equipe, fomos vítimas de agressões (na entrada do vestiário) que não podem ser admitidas no futebol e nem em qualquer outro ambiente de trabalho. 

Lamento profundamente a decisão (equivocada) escolhida pelo clube para encerrar este ciclo de trabalho, pois sempre acreditei muito no grupo e no projeto que vinha sendo desenvolvido.

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