Pênalti, gol e expulsão: confira a análise da rodada com Flávio Guerra

Entenda as polêmicas do final de semana, com o comentarista de arbitragem do Futebol Interior

Que os jogadores e até alguns técnicos desconhecem as regras do futebol, isso nós já sabíamos, agora os responsáveis e quem tem autoridade para fazer cumpri-las dentro do campo

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TÁ NA REGRA

REGRAS

Que os jogadores e até alguns técnicos desconhecem as regras do futebol, isso nós já sabíamos, agora os responsáveis e quem tem autoridade para fazer cumpri-las dentro do campo de jogo, sua senhoria o árbitro e sua equipe, isso é inaceitável, ainda mais para quem está apitando o Campeonato Brasileiro da série A, que deveria ser a vitrine para outras divisões. E parece que piorou depois das novas mudanças nas regras que entraram em vigor esse ano, tivemos erros graves em alguns jogos que deram muito que falar.

VERMELHO

No jogo entre Corinthians x Figueirense, o árbitro baiano Marielson Alves se confundiu todo num lance muito simples, que até o pipoqueiro que estava no estádio acertaria. Cássio deveria ter sido expulso, pois se não pela situação clara de gol, que também caberia, assim como por ter abandonado a disputa de bola e acertado um pontapé desleal em seu adversário. Com as novas alterações da regra, uma situação clara de gol impedida FORA DA AREA PENAL tem de ser punida com CARTÃO VERMELHO, mas se a falta for DENTRO DA AREA PENAL (falta normal) terá de ser punida com Cartão Amarelo. Em lances de falta grave (que foi o caso) ou conduta violenta é cartão vermelho independente do local do campo.

USO DO APITO

Já na partida entre Vitória x Santos, o time baiano reclama com razão do segundo gol sofrido contra a equipe do Santos. Na Regra 5, que fala do árbitro, o uso do apito é necessário para, entre outras coisas, reiniciar a partida após ter sido paralisado devido a aplicação de um cartão amarelo ou vermelho. Foi o que aconteceu. O árbitro paranaense Rodolfo Toski marca a falta e dá o cartão amarelo para o jogador do Vitória, José Welison, nesse momento Lucas Lima cobra a falta rapidamente sem o apito do árbitro, que inclusive está advertindo o técnico Dorival Junior, e sua equipe faz o segundo gol. Faltou conhecimento e experiência para o árbitro que quis agilizar o jogo e acabou prejudicando a equipe do Vitória.

DESASTROSA I

No mínimo desastrosa a arbitragem do carioca Leonardo Cavaleiro no jogo entre Ponte Preta x Internacional, a equipe Campineira foi prejudicada em três lances capitais. No lance em que a bola chutada por Maicon bate no travessão e toca totalmente dentro do gol e volta para o jogo, gol legítimo não validado a favor da Ponte, o árbitro e o assistente Thiago Farinha não virão e mandaram o jogo seguir. Esse lance não há como culpar o árbitro, pois é lance para o assistente que está na linha (ou deveria estar) melhor posicionado tomar a decisão.

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DESASTROSA II

Além desse lance a Ponte teve dois pênaltis a seu favor ignorados pelo árbitro que apesar de estar próximo, tomou decisões equivocadas. No primeiro lance a bola bate no braço do jogador Anselmo porque o jogador do Inter pula na trajetória da bola com o braço esquerdo aberto intencionalmente interceptando o chute, pênalti claro, pelas novas orientações, fácil de marcar. O segundo lance de pênalti foi mais fácil ainda. O zagueiro Paulão, ao ser driblado por Rhayner, faz uma alavanca com a perna esquerda e derruba atacante da Ponte, dentro da área, pênalti muito pênalti, fácil de marcar, mas que infelizmente para torcida da ponte o arbitro ignorou.

INUSITADO

Um lance inusitado aconteceu no jogo da serie B entre Paysandu x CRB. O goleiro Emerson do Paysandu vai repor a bola com um balão e chuta a bola em cima do atacante Zé Carlos do CRB que já esta fora da área, a bola bate em Zé Carlos e entra no gol defendido por Emerson, o time do CRB comemorava o gol mas o árbitro FIFA Sandro Meira Ricci anulou marcando falta do atacante do time de Alagoas e eu explico porque…

TÁ NA REGRA

Vamos ao inicio do lance, desde que o goleiro tem a posse de bola o atacante tenta impedir a reposição. Tá na regra: é infração punível com tire livre indireto o ato de obstruir ou atrapalhar o goleiro numa reposição de bola mesmo que não tenha contato físico. O árbitro já poderia ter apitado a falta no inicio, mas esperou para ver se o goleiro conseguiria dar sequencia no lance. Como o goleiro não consegue repor a bola e o atacante está a uma curta distancia o árbitro corretamente marca um tiro livre indireto contra a equipe do atacante. Na realidade o atacante tentou dar “uma migué”, atrapalhando o goleiro, vai que cola né, ele tentou, talvez sabendo que alguns árbitros poderiam dar o gol, o que não é de se duvidar. Abraço a todos e até sexta.