Pedrinho detona agressões no Vasco: ‘Sempre abominei essa prática’

Diretoria sofreu acusações por supostas agressões a torcedores em São Januário, estádio do clube carioca

Pedrinho detona agressões no Vasco e cita problemas financeiros na busca por novas contratações no mercado

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Pedrinho durante entrevista coletiva no Vasco (Foto: Matheus Lima-CRVG)

Rio de Janeiro, RJ, 24 (AFI) – Em meio ao momento turbulento que o Vasco atravessa na temporada, o presidente Pedrinho concedeu uma entrevista coletiva nesta quinta-feira e buscou esclarecer alguns assuntos com jornalistas presentes. O dirigente se defendeu de acusações sofridas pela diretoria por supostas agressões à torcedores em São Januário.

ENTENDA A SITUAÇÃO

O estopim para as acusações aconteceu após o empate por 1 a 1 com o Independiente del Valle, pela Sul-Americana. O influenciador Krav Maroja registrou boletim de ocorrência alegando ter sido ameaçado e agredido por cinco homens dentro do estádio, envolvendo também o dirigente Marcelo Macedo, conhecido como Tangerina, vice-presidente de Relacionamento com a SAF do clube.

No vídeo, Krav aparece recebendo um chute e um soco de dois homens distintos, que não seriam o próprio dirigente. Tudo aconteceu a poucos metros de policiais, cerca de uma hora após o apito final.

“Alguém acha, de verdade, que eu mandaria agredir alguém? Eu nunca mandei e nunca vou mandar agredir ninguém por qualquer tipo de crítica que façam a mim. Essa prática nunca foi minha. Pelo contrário, era uma prática que existia no Vasco e que eu sempre abominei.”, explicou Pedrinho.

REFORÇOS 

Pedrinho aproveitou a oportunidade para falar sobre as contratações feitas pelo Vasco ao longo da temporada. Apesar de alguns acertos, como as chegadas do volante Tchê Tchê e do meia Nuno Moreira, a diretoria também fez investimentos contestados por grande parte da torcida, como as contratações dos atacantes Benjamín Garré e Loide Augusto.

“Nunca prometi em nenhuma entrevista trazer jogador de alto nível. Entrando aqui e vendo o cenário, a minha promessa sempre foi de honrar os compromissos. Dentro disso, eu trago os jogadores que cabem no orçamento. Eu gostaria de estar falando de diversas contratações, mas as pessoas têm dificuldade de encarar a realidade, e ela é dura, ainda mais quando os rivais do Rio de Janeiro conseguem se organizar financeiramente.”

Muitas pessoas vão interpretar como desculpa, mas é a realidade. Só espero que todos estejam dispostos a refletir e a debater com críticas o conteúdo que eu estou passando e não encarem como desculpa, encarem como realidade.”

POSSIBILIDADE DE DEIXAR O CARGO

Questionado sobre a chance de renunciar, o presidente afirmou que se a torcida acreditar que ele é o maior problema do Vasco, deixará o cargo.

“Se eu tiver 100% de certeza de que a torcida acha que eu sou o maior problema do Vasco, eu saio, de verdade. A gente está quebrando a cabeça todo dia para achar diversas soluções. Tem a recuperação judicial, pagamento de dívidas, melhorias do CT, estamos tentando ser competitivos no campo, mas os resultados não estão vindo. Se o problema for eu, vou embora agora.”

“Escutar a torcida me mandar tomar naquele lugar, me machuca, pois sou Vasco e é como se fosse familiar. Não sou coração de pedra, sou sensível. Isso não tira a minha capacidade de trabalhar. Se tiver 100% de certeza, eu saio.”, destacou.

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