Pede música? Terceira mulher acusa presidente da CBF de assédio sexual

Presidente afastado da CBF já recebeu três denúncias de assédio sexual desde 4 de junho deste ano

Caboclo CBF 2021

Rio de Janeiro, RJ, 20 (AFI) – Rogério Caboclo está cada vez mais distante de retomar a condição de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Isso porque na última quarta-feira, a entidade recebeu a terceira denúncia de assédio sexual contra o dirigente.

A mulher trabalhou na entidade entre 2017 e 2019. Ela encaminhou notificação extrajudicial com natureza trabalhista e relatou todos os problemas que vivenciou com Caboclo.

“O Rogério me expôs inúmeras vezes. Começou com jantares profissionais, em reuniões ele tentava me abraçar e me beijar, entre outras tentativas de me agarrar à força. Foram muitas ocasiões. Ele tentou desde me pedir em casamento em sua sala enquanto Diretor Executivo de Gestão, à total insanidade com os assédios físicos os quais descrevo abaixo. Ele não aceitava não como resposta”, relatou a ex-funcionária.

Imediatamente, a nova denúncia contra o presidente afastado foi direcionada à comissão de ética da CBF, que já abriu procedimento administrativo para julgar mais este caso.

Esta é a terceira denúncia de assédio sexual contra Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF. A primeira foi revelada em 4 de junho e que resultou em seu afastamento. Inclusive, os presidentes das 27 federações votarão no próximo dia 25 o futuro do dirigente, que deverá permanecer longe da entidade.

CONFIRA A RESPOSTA DE CABOCLO SOBRE A NOVA DENÚNCIA:

“O presidente da CBF, Rogério Caboclo, repudia as acusações levianas e falsas lançadas contra ele e nega veementemente que tenha cometido atos que configurem assédio em relação à mencionada funcionária da entidade.

Ocorre que, durante o processo do afastamento ilegal de Caboclo do cargo, ele recebeu áudios de diálogos da acusadora e de sua mãe em conversa com um colaborador da CBF (nota da reportagem: o interlocutor é Ricardo Trade, o Baka, que não é funcionário da confederação, mas se apresenta como uma pessoa que quer ajudar Caboclo). Elas relatam de forma clara o recebimento de proposta para prejudicar Rogério Caboclo e retirá-lo definitivamente do comando da entidade. As propostas incluíam oferecimento de alto cargo de direção na CBF, além de R$ 1 milhão.

Essas tentativas de cooptação da funcionária, como comprovam as conversas, foram conduzidas pelos diretores Gilnei Botrel e Manoel Flores, aliados do ex-presidente banido do mundo do futebol e investigado pela Polícia Federal, Marco Polo Del Nero. A defesa de Rogério Caboclo já entrou com pedido de investigação na Comissão de Ética da CBF contra os diretores citados no áudio por suspeita de corrupção de testemunha e contra o ex-presidente da CBF.”

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