Paulo Leão, atacante e treinador de Ponte e Guarani

Paulo Leão, atacante e treinador de Ponte e Guarani

Paulo Leão, atacante e treinador de Ponte e Guarani

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Após Zé Duarte e Waldir Peres, o espaço da semana da coluna é do saudoso Paulo Gracindo Leão, morto em abril de 2015, um profissional do futebol com passagens por Guarani e Ponte Preta, coincidentemente em ambos como atleta e treinador da base.

Bugrino da velha guarda jamais vai esquecer a goleada que seu time impôs ao Taubaté por 5 a 1, em jogo amistoso de 1961, no Estádio Brinco de Ouro, porque na ocasião o atacante Paulo Leão foi autor dos cinco gols, num time formado por Nicanor; Ferrari, Ditinho, Eraldo e Diogo; Hilton e Benê; Dorival, Paulo Leão, Cabrita e Osvaldo.

Paulo Leão havia chegado ao clube um ano antes, procedente de Lins (SP) – sua cidade natal – reafirmando estilo rompedor e destemido. A cada cruzamento ao interior da área adversária, repartia jogadas com a becaiada e, em vários deles, empurrava a bola para o gol.

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Assim, despertou interesse do Palmeiras, mas a disputa pela posição foi inglória com o consagrado Vavá e posteriormente com o gaúcho Tupãzinho.

PONTE PRETA

Assim, o jeito foi admitir transferência ao América Carioca em 1964, até regressar a Campinas quatro anos depois na Ponte Preta, que havia montado um time de veteranos visando acesso à elite do futebol paulista.

Na estreia daquela competição, no empate sem gols com o Paulista, no Estádio Moisés Lucarelli, em 30 de junho, o time da Ponte teve essa formação: Machado; Nelsinho Baptista, Beluomini, Beto Falsete e Santos; Chiquinho e Roberto Pinto; Carlinhos, Varner (Dicá), Paulo Leão e Adilson.

A Ponte patinou naquele campeonato, mas o objetivo foi atingido na temporada seguinte mesclando garotos.

Paradoxalmente, atuando pela Francana na citada competição, Paulo Leão quase colocou água no chope dos pontepretanos, depois que o seu time saiu vencedor do confronto por 3 a 1, suscitando dúvida sobre o regulamento.

TRIBUNAL

Por fim, tribunal desportivo do Rio de Janeiro interpretou que as regras de saldo de gols beneficiariam a Ponte e o acesso foi confirmado.

A carreira de atleta de Paulo Leão se prolongou até os 32 anos de idade, quando migrou à função de treinador de equipes de base, com trabalhos em Ponte Preta e Guarani, inclusive atuando interinamente no comando dos profissionais.

Ele ainda tentou investir na carreira no futebol catarinense, com passagens entre outros clubes pelo Avaí, até diagnosticar que não prosperaria. Foi aí que decidiu ingressar no ramo de corretor de imóveis até adoecer.