Paulo Amaral, três meses como treinador do Guarani
Paulo Amaral, três meses como treinador do Guarani
Paulo Amaral, três meses como treinador do Guarani
O último primeiro de maio marcou o nono ano da morte do truculento treinador Paulo Amaral, aos 84 anos de idade, no Rio de Janeiro.
Nova geração de bugrinos sequer imagina que ele foi treinador do elenco durante pouco mais de três meses em 1977, período suficiente para que atritasse com o então zagueiro Amaral.
Na época, a segunda-feira era sagrada para descanso dos jogadores. Geralmente a treinadorzada estendia a folga até a manhã de terça-feira, mas o disciplinador Paulo Amaral deu um basta naquele privilégio, e aquilo provocou rota de colisão com o zagueiro, que discordava.
DISCUSSÃO
O desdobramento foi áspera discussão entre ambos, que só não terminou em ‘tabefes’ do comandante por causa da turma do ‘deixa disso’, que impediu.

Paulo Amaral, brutamonte de 1,90m de altura, tinha histórico de nocautear quem ousasse cruzar o seu caminho. Já havia ‘acertado contas’ com quem quis agredir jogadores da Seleção Brasileira no Sul-Americano do Equador em 1959. Depois agrediu bandeirinha.
No caso do Guarani, o treinador manteve o zagueiro no grupo, mas o relacionamento ruim com a imprensa campineira precipitou seu desligamento após derrota em Campinas para a Portuguesa por 1 a 0, dia 16 de outubro.
A estreia ocorreu no dia 10 de julho de 1977, em substituição a Paulo Emílio, na vitória sobre o XV de Jaú, do treinador Cilinho, por 2 a 0.
Tecnicamente o time bugrino era bem treinado, inclusive com variações de jogadas e ensaio de lances ofensivos.
ZENON
Ele teve contribuição preponderante para aprimoramento do meia Zenon em cobranças de faltas. Após treinos do elenco, o então atleta repetia dezenas de cobranças de faltas, tendo como referência uma camisa colocada nas junções das traves e barreira móvel.
Consta ainda na passagem pelo Guarani o lançamento do centroavante Careca em partida amistosa contra o Matsubara do Paraná, no Estádio Brinco de Ouro.
O histórico do comandante no futebol começou como atleta de Flamengo e Botafogo.
Com formação em educação física, foi o pioneiro como preparador do segmento na Seleção Brasileira em 1958, com participação em Mundiais até 1966, ocasião em que exigia treinos de força aplicado a militares, na base de peso.
Até meados da década de 60, a maioria dos clubes não dispunha de preparadores físicos. Treinadores programavam basicamente aquecimento como prevenção à lesões musculares, antes da prática com bola.
Todavia, desde 1960 Paulo Amaral passou a exercer funções de treinador em clubes brasileiros e no exterior.





































































































































