Campinas, SP, 23 (AFI) – Para compensar uma hora de atraso em sua apresentação, um desrespeito com os profissionais de Imprensa, o técnico Gilson Kleina tentou compensar na sua apresentação, nesta tarde, no Majestoso, com muita simpatia. Cumprimentou quase todos os jornalistas presentes à sala de comunicação, mas antes, segundo ele, fez questão de saudar outros funcionários, inclusive, os mais humildes, como porteiros, seguranças e até as cozinheiras.

Junto com ele, vêm do Goiás outros dois profissionais que vão atuar como seus auxiliares: Fabiano Chá e Juninho. Ele foi apresentado por Hélio Kazuo, diretor de futebol, e Gustavo Bueno, gerente. Mas sua vinda teria sido definida com apoio pesado de Sérgio Carnielli, presidente de honra.

PRIMEIRA DECISÃO
Apesar de um contato no final da tarde com os jogadores, o primeiro trabalho deve mesmo acontecer nesta sexta-feira. Kleina já avisou que o jogo contra o São Bento, domingo à tarde, em Sorocaba, “é uma decisão”. Com 16 pontos, a Ponte Preta divide a liderança do Grupo D com o Santos.

“Temos que nos focar neste primeiro objetivo que é buscar a classificação. Depois vamos pensar mais a longo prazo” – disse Kleina, que adiantou não ter a intenção de promover muitas mudanças para este jogo, tendo em vista a falta de tempo e de conhecimento do elenco.

“O que eu vou pedir aos jogadores que eles estejam focados neste jogo, que pode decidir nosso futuro na competição” – lembrou.

Ele já disse que, neste momento, a participação de João Brigatti, auxiliar técnico oficial do clube, é considerada fundamental.

“Ele está treinando o grupo há mais tempo e vai nos passar tudo aos poucos” – afirmou.

SAÍDA DO GOIÁS
Kleina disse que não hesitou quando teve seu nome cogitado na Ponte Preta. Por isso, foi aos dirigentes do Goiás e pediu a rescisão de contrato.

“Sabia que voltaria um dia. E estou muito feliz por isso”.

Mas ele sabe que o time vai ter que evoluir em todos os aspectos, como físico, técnico e tático. A receita é o “trabalho duro”. Mas ele não vê problemas de adaptação porque se sente em casa.

“Sei que haverá cobrança, como é normal no futebol. Sei também como é a reação da torcida da Ponte Preta, mas vamos trabalhar unidos e com uma energia positiva até para buscar título. Desta forma, podemos quebrar o gelo”.

Esta é a segunda vez que Kleina trabalha na Ponte Preta. Em 2011/2012 ele dirigiu o time por 115 vezes, com 48 vitórias, 32 empates e 35 derrotas.

PALAVRA OFICIAL
O diretor de futebol, Hélio Kazuo, confirmou que a contratação do técnico foi um consenso entre os diretores depois da avaliação de muitos nomes.

“Contratamos um técnico capacitado e que está dentro do projeto da Ponte Preta, que visa sempre buscar o melhor” – afirmou.

Gustavo Bueno, gerente de futebol, disse que “Kleina está dentro do perfil traçado pela diretoria” e espera que em pouco tempo “tudo vai fluir normalmente”.

A decisão de ficar 20 dias sem técnico é porque a prioridade era mesmo Gilson Kleina, que estava no Goiás. Mas outros nomes estavam cotados como Vadão, Adilson Batista, Nei Franco, entre outros.