Paulista Sub 17: Técnico da Portuguesa Santista, Marcos Basílio concede entrevista

O treinador afirmou que ficou surpreso com o convite da Briosa para trabalhar nas categorias de base do clube há quase três anos

O treinador afirmou que ficou surpreso com o convite da Briosa para trabalhar nas categorias de base do clube há quase três anos

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Santos, SP, 28 (AFI) – Próximo de completar 40 anos de idade, o técnico Marcos Basílio, do sub-17 da Portuguesa Santista afirma em entrevista que ficou surpreso com o convite da Briosa para trabalhar nas categorias de base do clube há quase três anos. Depois de abandonar os gramados, onde defendeu 13 clubes como atleta profissional, afirma que deseja crescer na profissão e agradece a duas pessoas pela oportunidade de comandar os meninos “rubro verde” – o ex-gerente Fernando Neves e o responsável pelas categorias de base do clube – Wladimir Mattos.

Como você surgiu pro futebol? Primeiro como atleta.
Marcos Basílio: Comecei em escolinhas da cidade de São Paulo e na Várzea da Vila Guarani. Um dos responsáveis &eac ute; o seu Lima, o eterno curinga que jogou naquele time bi-campeão mundial. Ele que me trouxe para fazer uma avaliação no Santos FC entre 90 e 91 e eu fui aprovado. Eu não tinha idade para alojar e meu pai teve que fazer um sacrifício, alugar um quarto próximo da Vila a época e só no ano seguinte fui alojado.

Técnico do Sub 17 da Briosa, Marcos Basílio (meio) concede entrevista onde fala sobre sua carreira - Divulgação

Técnico do Sub 17 da Briosa, Marcos Basílio (meio) concede entrevista onde fala sobre sua carreira

Fui o primeiro atleta infantil a residir na Vila Belmiro. Após dois anos fui convocado para a Seleção Brasileira, naquela época era muito difícil ter jogador de um clube da baixada lembrado pela CBF na base e devo ao técnico Lelo, pois era atacante e ele quem trouxe para jogar de volante. Era um bom time que disputou o Sul-Americano. Eu joguei ao lado de Ronaldo Fenômeno, Alex, Fábio Costa, William, ex- zagueiro, que hoje é comentarista do SporTV. São experiências que procuro demonstrar aos meus atletas. Aprendi bastante.

Como transmite sua experiência de atleta aos seus comandados?
MB: No profissional eu era um menino e logo de cara fiz parte do time que foi campeão da Conmebol em 98, na Argentina pelo Santos, diante do Rosário Central. Joguei a decisão. Tive a felicidade de trabalhar com excelentes profissionais. Apesar do período sem títulos do Peixe, time grande sempre tem atletas e treinadores renomados e de enorme capacidade.

Aprendi com o Giovanni, o Macedo que tinha sido campeão mundial com o São Paulo, o Dinho, Dodô, entre tantos outros. Toda essa convivência serve de aprendizado para eu passar aos meninos que trabalham comigo. O futebol está um pouco diferente, portanto, nem tudo que aprendi naquela década vale pra hoje, mas muita coisa ainda vale, principalmente a experiência de vida.

Você parou de jogar em 201 1. Como foi essa transição até tornar-se treinador das categorias de base da Portuguesa Santista?
MB: O convite me surgiu através do Wladimir Mattos e do gerente de futebol, a época, Fernando Neves. Eu era professor da escolinha do Atlético Santista e fiquei surpreso com a proposta para dirigir o sub-15, que equivale ao infantil da Briosa, em 2014. De lá para cá, tenho estudado, busco aperfeiçoamento, conhecimento, leio bastante querendo aprender cada vez mais para poder passar este aprendizado teórico e prático a essa molecada.

Nos dois últimos anos, fizemos belas campanhas no estadual da categoria, principalmente o ano passado, onde chegamos em uma fase que a Portuguesa Santista jamais tinha chegado, entre os oito melhores. Apesar da diferença técnica e de estrutura para os grandes times, pudemos participar diretamente, junto com a comissão técnica, de 10 jogadores que foram para outros gigantes do futebol do país como Palmeiras, São Paulo, o próprio Red Bull que é um clube emergente.

Equipe Sub 17 da Portuguesa Santista, comandada por Marcos Basílio - Divulgação

Equipe Sub 17 da Portuguesa Santista, comandada por Marcos Basílio

Esse é o reconhecimento do trabalho, revelando jogadores de alto nível e aqueles que ainda estão conosco e não surgiram convites, que possam no mínimo defender a Portuguesa em outras categorias e até mesmo no profissional, creio que eu, que em uma divisão melhor, a altura das tradições do clube.

E este ano, você fui guindado para o sub-17. Qual a expectativa? Até onde a Portuguesa pode ir nessa competição? Quais os objetivos?
MB: Esse ano fui promovido ao sub-17. A base é do time do ano passado que trabalhou comigo no sub-15 e foi até as quartas de final, além dos jovens que estavam no primeiro ano dessa categoria . Apesar de muitas equipes se alternando nas primeiras colocações, a nossa campanha é boa. Conseguimos ganhar do Santos que luta pela primeira colocação coma gente e o Água Santa de Diadema e utilizo o clube da Vila Belmiro como referência, em razão da estrutura que existe de um grande clube.

Fizemos um bom jogo e os meninos comemoraram bastante esta vitória. Sabemos que nesta idade, os garotos oscilam bastante e nossa responsabilidade é transmitir confiança, tranquilidade, ter princípios, não vencer a qualquer custo. Antes de pensar na vitória, temos que nos preocupar em ter um time organizado, um bom vestiário, onde eles sejam amigos e possam se sentir em casa. Tem muitos meninos que estão vindo do futebol de salão, e ainda se adaptando. Temos o dever de fazer um bom trabalho. A Briosa bem na base e no profissional é ótimo para a cidade.

A Kourusport Marketing Esportivo (www.kourusport.com.br) é a empresa responsável pela gestão do Departamento de Base, Sub11, Sub13, Sub15 e Sub17, da Associação Atlética Portuguesa (www.portuguesantista.com.br).