Paulista Feminino: Craque e melhor zagueira destacam evolução da Ponte Preta
Aos 17 anos, Kerolin balançou as redes 10 vezes ao longos dos 21 jogos que disputou no torneio
Aos 17 anos, Kerolin balançou as redes 10 vezes ao longos dos 21 jogos que disputou no torneio


São Paulo, SP, 25 (AFI) – Depois de lutar pela permanência na Série A1 do Brasileirão Feminino, a Ponte Preta fez boa campanha e chegou nas semifinais do Campeonato Paulista. O time comandado por Ana Lúcia Gonçalves teve duas atletas na seleção do estadual: a zagueira Antônia e a atacante Kerolin que, além de uma das melhores jogadoras, também foi eleita a craque do campeonato.
Aos 17 anos, Kerolin balançou as redes 10 vezes ao longos dos 21 jogos que disputou pelo Campeonato Paulista. Após encerrada a participação do time campineiro no estadual, a atacante foi por empréstimo para o Corinthians/Audax e participou da campanha que rendeu o título inédito da competição continental, no último sábado.
“Não imaginava ganhar os prêmios. A Ana Lúcia me abraçou desde o início e foi fazendo com que a cada dia eu pensasse em trabalhar mais e um dia pudesse chegar a esse ponto, mas não imaginei que seria tão rápido”, contou a jogadora.

Kerolin, porém, não foi a única a destacar a importância da treinadora. A zagueira Antônia, escolhida uma das melhores defensoras da competição, falou sobre o papel de ‘mãe’ que a comandante tem com o elenco. “É um convívio bem de mãe que dá aquele puxão de orelha, e na hora de elogiar também elogia. É uma relação que só faz crescer, tanto dentro, quanto fora de campo”, disse.
A PALAVRA DA TREINADORA
Satisfeita pela campanha da Ponte Preta em sua primeira participação no Campeonato Paulista e orgulhosa das jogadoras de seu elenco, a técnica Ana Lúcia não poupou elogios às jogadoras premiadas. “A Kerolin é uma atleta com grande potencial, jovem, diferenciada, com uma velocidade espetacular. A Antônia, que veio do futsal, é espetacular na antecipação, visão de jogo e saída de bola”, apontou.
Mesmo assim, a treinadora não deixa de lado as já citadas broncas nas jogadoras. “Na Kerolin o puxão de orelha é mais para colocar os pés no chão, porque ela se empolga bastante e às vezes perde o foco. Com a Antônia, cobro em relação ao jogo aéreo”, contou Ana Lúcia.

FUTURO
Ainda no início de sua trajetória nos gramados, Kerolin já soma convocações para as seleções de base e quer crescer no futebol, mas prefere não fazer tantas projeções para o futuro, ciente de que ainda enfrentará grandes desafios no futebol.
“Às vezes é até fácil chegar, mas o mais difícil é se manter em um alto nível. Eu pretendo continuar na Ponte Preta e manter o foco no trabalho para ver o que vai acontecer”, declarou.
Já a zagueira Antônia, que aos 23 anos vive sua primeira temporada após trocar o futsal pelo campo, também vê as novidades na carreira como oportunidade de crescimento. “É diferente porque tem a movimentação, a tática é diferente, mas o futebol é o mesmo, a dinâmica é a mesma, continua sendo coletivo. A maior dificuldade é em relação às coisas que o campo tem e o futsal não, mas isso a gente vai buscando aperfeiçoar sempre”, concluiu.
Beatriz Pinheiro, especial para a FPF
