Jundiaí, SP, 27 (AFI) – A fusão entre Red Bull Brasil e um clube do interior de São Paulo pode enfim sair do papel. O presidente do Conselho do Paulista, Cláudio Levada, confirmou, à Rádio Cidade, a possibilidade da união das duas agremiações para a temporada 2019. No entanto, as conversas estão apenas em fase inicial.

“No meu entendimento foi o Red Bull que procurou o Paulista. A escolha por Campinas não surtiu efeito. Criaram um terceiro clube. A cidade já comporta clubes com o porte de Guarani e Ponte Preta. Não tiveram meia dúzia de torcedores. Das conversas que pude participar, inclusive com o pessoal da Áustria, falou-se que a vaga na Série A1 do Paulista e a da Série D do Brasileiro seriam nossa”, afirmou o dirigente.

Cláudia Levada ainda garantiu que caso a parceria seja realmente firmada, o Paulista não irá perder a sua identidade e nem a vaga na Segunda Divisão do Estado, caso a situação não seja levada para frente.

“Não me interessa arrendar o Jaime Cintra para que uma equipe com outro nome jogue em nosso estádio. Não podemos perder a identidade. O nome seria Paulista Red Bull ou Red Bull Paulista. Se não for assim é melhor passar o cadeado e fechar. Mas seria uma honra estar ligado a uma empresa de altíssimo nível”, disse.

“Não tem nada que nos impeça judicialmente de tirar uma licença da Segunda Divisão. A vaga continua sendo nossa, mas adormecida”, concluiu.

Red Bull pode jogar no Jayme Cintra ainda em 2019

ELEIÇÃO
A negociação com o Red Bull vai interferir, inclusive, na presidência do Paulista. Nesta sexta-feira, uma reunião deve definir a permanência de Pepe Verdugo por pelo menos três meses até que a situação seja definida. Caso não seja aceita, uma nova eleição acontecerá em 60 dias com as chapas já pré-estabelecidas.

TRAJETÓRIA DO RED BULL
Fundado em 2007, o Red Bull só alcançou a elite estadual em 2015, quando disputou pela primeira vez o Paulistão. O planejamento, com muito investimento, era sair da Segundona até o Paulistão em quatro anos, metade do tempo em que precisou para atingir seu objetivo – passando pelas Séries A3 e A2.

O fracasso em termos nacionais foi ainda maior. Disputou a Copa do Brasil em 2015, e duas vezes na Série D – 2015 e 2017. Sempre não passou da primeira fase. A política de restrição da empresa não permite a divulgação dos valores investidos. Mas pela estrutura do clube já se tem a nítida impressão de que o seu orçamento é superior a muitos grandes clubes do futebol brasileiro.