São Carlos, SP, 27 (AFI) – Rebaixado à Segundona Paulista de 2020, o São Carlos, atual lanterna do Campeonato Paulista da Série A3, pode ver uma troca na presidência. O empresário Julinho Bianchim aguarda decisão do juiz da 1ª Vara, Milton Coutinho Gordo, para saber se retomará ao cargo, atualmente nas mãos de Carlos Antunes.

Desde 2016, ele tenta retomar a presidência, solicitando o cancelamento de um contrato feito com o atual mandatário. O veredito deve sair em julho.

“Se eu ganhar a causa e o contrato com Antunes for cancelado, retorno à presidência. Mas o juiz poderá optar também por um interventor. Pelo contrato, fiquei proibido de ter acessos aos documentos e, naquela época, eu não conseguia mais administrar como queria. Faltava recursos financeiros. Então, me reuni com o Carlos Antunes e firmamos o acordo com a promessa de ele assumir todas as responsabilidades. Mas, com o passar dos anos, ele cumpriu apenas 30% do que está no contrato. Os demais 70% ficou só na promessa”, disse Julinho Bianchim em entrevista ao São Carlos Agora.

“Entrei na Justiça reaver o São Carlos naquele ano. Desde então, consegui algumas vitórias e derrotas na Justiça. Mas aguardo o parecer final. Não sei se irá demorar muito. Mas vou conseguir. Ele assume compromissos e não paga. Se ele deixa de pagar, aqueles que se sentem prejudicados entram na justiça e a conta sobra para mim e até para minha esposa. Já fui obrigado a pagar muitas contas. Prefiro não dizer quanto. Mas foi uma quantia razoável”, contou.

Paulista A3: Julinho Bianchim tenta retornar à presidência do São Carlos e detona atual gestão

SITUAÇÃO
Julinho afirma que o São Carlos tem mais de uma centena de processos trabalhistas.

“Mas não tenho acesso a nenhum deles. Sou uma pessoa idônea, correta. Como cidadão, como empresário, nunca sofri um processo trabalhista. Como dirigente, sai do São Carlos em 2013 com o clube sem nenhum processo. Estava tudo no azul”, alegou.

COMO FICA?
Indignado com a péssima campanha no Paulista A3 – cinco empate, nove derrotas e pior participação do clube em uma competição profissional desde a fundação, em 2004 -, afirmou que a Águia da Central pode encerrar as atividades.

“Pode sim. O São Carlos pode fechar. Não sei como está o clube administrativamente. Não sei a vida financeira do clube. Como prever um futuro otimista assim? Amo minha cidade e o clube que eu fundei. Vejo isso com tristeza, como está sendo tratado. É como a gente ver um filho se tornar um andarilho. É ridículo, humilhante, vexatório”, completou.