Joinville, SC, 16 (AfI) – “O Brasil não tem que jogar bonito, tem que ser eficiente”, afirmou o ex-capitão da Seleção Brasileira, Edinho Nazareth (foto), e atual treinador do Joinville-SC. Segundo o treinador, a Copa do Mundo não é uma competição como outra qualquer, os times são cautelosos e não se ariscam muito ao ataque, por que não podem dar espaço ao adversário.

Portanto, com o Brasil não poderia ser diferente. A Seleção estreou com vitória, na última terça-feira, contra a Coréia do Norte, por 2 a 1, no Ellis Park, em Johanesburgo, em partida disputada pelo Grupo G.

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Para Edinho, que disputou três Copas do Mundo (1978, 82 e 86) pela seleção canarinho e sabe muito bem como é a pressão de um Mundial, o Brasil não poderia ter estreado melhor. Mesmo considerando o placar magro, a equipe de Dunga conseguiu a máxima do futebol que é a vitória.

Passo importante
“O Brasil deu um importante passo a caminho do hexa ao vencer a Coréia do Norte. Agora, com o empate de Costa do Marfim e Portugal, os brasileiros terão mais tranqüilidade na sequência da fase de grupos, já que agora a responsabilidade de vencer passou a ser dos adversários”, comentou Edinho, que lembrou.

“As pessoas cobram um futebol bonito, porque não conhecem a dificuldade de uma Copa, que é um torneio totalmente diferente dos outros”.

O ex-capitão também avaliou a postura dos atletas de Dunga e discorda de algumas críticas feitas ao treinador.

“O técnico do Brasil não é medroso, mas tem jogado com cautela, porque a Copa do Mundo é um torneio que não permite erros. As pessoas cobram sem entender o que representa uma Copa. Por isso, não adianta só jogar bonito, tem que ter um futebol eficiente, e a Seleção tem conseguido isso”, ressaltou.

Melhor em campo
De acordo com Edinho, o Brasil teve alguns destaques como Felipe Mello, na marcação forte, o lateral Maicon, que abriu o placar, no entanto, o maior destaque da partida foi o meia Elano, que marcou o segundo gol e definiu a vitória.

“O Elano é um dos jogadores de maior confiança do técnico Dunga porque desenvolve uma função tática fundamental para os outros jogadores. Ele é o homem que oferece proteção aos companheiros, algo que facilita a articulação das jogadas no meio-campo”, finalizou.