Oscar apoia jogador do Palmeiras após racismo: 'Que sejam punidos'

"Estamos com esse apoio. Espero que sejam punidos, que algo possa acontecer com as pessoas que fizeram esse ato de racismo"

Oscar demonstrou empolgação às vésperas do clássico do São Paulo contra o Palmeiras

Oscar, do São Paulo
Oscar, do São Paulo

São Paulo, SP, 07 – Oscar demonstrou empolgação às vésperas do clássico do São Paulo contra o Palmeiras pela semifinal do Campeonato Paulista. O jogador amenizou a crescente rivalidade entre as equipes do Choque-Rei, com polêmicas recentes e elogiou a evolução da equipe com a escalação de Luis Zubeldía com três zagueiros. Por outro lado, ele reclamou do gramado sintético, como o do Allianz Parque.

Antes de tudo, o camisa 8 prestou apoio a Luighi, do Palmeiras, vítima de racismo no Paraguai, em partida pela Libertadores sub-20.

“Sobre o que aconteceu com o jogador do Palmeiras. Estamos com esse apoio. Espero que sejam punidos, que algo possa acontecer com as pessoas que fizeram esse ato de racismo”, abriu a entrevista coletiva no CT da Barra Funda, nesta sexta-feira.

O clássico, que será na segunda-feira, foi motivo de incômodo para a direção tricolor, que queria que o jogo fosse no sábado. Na data, porém, o Allianz Parque recebe um show. Na primeira fase, Oscar entrou nos dois jogos do São Paulo em gramado sintético, incluindo no estádio palmeirense, e no Pacaembu, contra a Portuguesa, mas pouco participou.

“Não é a gente contra o Palmeiras, somos contra estádios com grama sintética. É a primeira vez que jogo no gramado sintético. Na Europa, não jogava. Na China, não tinha. Vejo que os jogadores estão sofrendo. Vi os companheiros. O próprio Alisson sofreu com o tornozelo”, disse. Oscar.

Sobre a decisão no Paulista, Oscar amenizou.

“A pressão que tivemos na primeira fase foi algo que a gente trouxe para nós mesmos. Qualquer time grande, com cinco jogos sem vencer, tem pressão. Deixamos de ganhar por erros coletivos. Chegamos (agora) muito mais preparados”, analisou o são-paulino.

Oscar não acredita que as polêmicas dos últimos confrontos sejam problemas, como os chutes em bandeirinhas de escanteio durante a comemoração de gols.

“Conheço essa rivalidade faz tempo. Mesmo de longe, acompanhei esses jogos. É um jogo muito equilibrado, independentemente de onde seja. No estádio do Palmeiras ou no do São Paulo”, argumentou.

COMO O SÃO PAULO CHEGA PARA O JOGO CONTRA O PALMEIRAS

Zubeldía deve manter a formação com três zagueiros, que contribuiu para ajustar a defesa são-paulina.

“Independentemente se joga com três zagueiros, temos de jogar bem como equipe. A minha função não muda muito. Gosto de ajudar, gosto de voltar (para marcar).”, avaliou Oscar.

O jogador acredita que o time evoluiu com a nova formação e deu menos chances aos adversários, mas não descartou o retorno do antigo esquema.

“Esperávamos fazer isso (dar menos chance) no 4-2-3-1 e não estávamos conseguindo. Mas, não é um jogador, é a forma de jogar. Fizemos bons jogos, e é importante ter essa variação”, disse.

Luiz Gustavo pode voltar ao time na semifinal. Entretanto, isso não deve mudar a formação. A tendência é que Luciano continue no banco, com Calleri e Lucas na frente. Arboleda, Ferraresi e Alan Franco formam o trio de zagueiros, com Cédric e Enzo Díaz nas alas.

O São Paulo visita o Palmeiras pela semifinal do Campeonato Paulista, no Allianz Parque, na segunda-feira, às 21h35. Quem vencer avança à final contra Corinthians ou Santos, que decidem o outro finalista no domingo, em duelo na Neo Química Arena.

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