Onde Anda: Dario Gigena, herói da Ponte no dérbi de 2003

Gigena 003 300Campinas, SP, 13 (AFI) – Que torcedor da Ponte Preta não se lembra da imagem ao lado? A foto (do site oficial do jogador) foi tirada em 11 de outubro de 2003, dia em que o atacante argentino entrou para a história da Ponte Preta e do futebol campineiro. Na oportunidade, marcou os três gols da vitória da Macaca sobre o Guarani, por 3 a 1, no dérbi disputado no Brinco de Ouro da Princesa, pelo Brasileirão daquele ano. Atualmente, o herói alvinegro está com 30 anos e defende o Everton, do Chile.

Contratado junto ao Club Atlético Huracán, de Buenos Aires, era um desconhecido da torcida pontepretana até então. A única certeza que todos tinham era que o jogador tinha raça e muita vontade, características que se assemelham com a história da Ponte. Mas no destino de Gigena havia um dérbi. Até hoje, é lembrado como um dos únicos três jogadores do clube que marcaram três vezes em um único dérbi. Além dele, Weldon e Átis atingiram o feito.

Importância maior!
Os dois gols de pênalti e um de puro oportunismo, em um gramado encharcado, deram início a um jejum que a Macaca carrega até os dias hoje. Desde o dia de Gigena a Ponte não perde para o rival. Depois, foram mais quatro partidas, com uma vitória e três empates.

A importância dos gols de Gigena aumentam quando o torcedor lembra dos dois dérbis que antecederam àquele de 11 de outubro. Em 2003, Ponte e Guarani já tinham se enfrentado duas vezes, ambas no Majestoso. O Bugre havia vencido as duas: 3 a 1 pelo Paulista e 2 a 0 pelo primeiro turno do Brasileiro.

Sua passagem pelo Majestoso foi curta, mas inesquecível. Além dos três gols no dérbi, anotou outros quatros com a camisa da Ponte. E só. Só? Para o torcedor pontepretano, Gigena poderia ter sido contratado somente para o dérbi que já estaria de bom tamanho.

História
Natural de Arroyto, uma cidade do estado de Córdoba, na Argentina, o raçudo artilheiro iniciou a carreira no Club Atlético Gigena 002 130Belgrano de Córdoba. Em seu primeiro ano como profissional, marcou 16 gols. Isso chamou a atenção do futebol europeu e Dario rapidamente se transferiu para o Rayo Vallecano, da Espanha.

Ficou por um ano. No retorno, defendeu Club Atlético Unión, onde foi o goleador da equipe na temporada, com 12 gols. Antes de chegar à Ponte, passou ainda por Clube Atlético Talleres, Club Atlético Colón e Club Atlético Huracán.

Depois da Ponte…
Após cumprir seu papel na Macaca, Gigena seguiu sua rotina de andarilho do futebol. Caminhou por Clube Atlético Racing de Córdoba, Clube Atlético Colón de Santa Fé, Cortuluá, da Colômbia e Once Caldas, campeão da Libertadores de 2004.

No segundo semestre de 2007, chegou a ser apresentado como Gigena 005 150reforço do Fortaleza para a disputa da Série B, mas ficou por pouco tempo na capital cearense. Então, foi para o Everton, da cidade chilena de Val Paraíso, onde joga até hoje com a camisa 9, juntamente com o ex-goleiro corintiano Jhonny Herrera.

Curiosidades
Como todo grande ídolo, o artilheiro tem seu apelido. Na Argentina, é chamado de “El Topo”, nome dado em espanhol às máquinas britadeiras “que rompem desafios quase intransponíveis”. A cada gol que fazia com a camisa da Ponte, comemorava usando uma máscara de macaco.

Eterna gratidão
Gigena conquistou o torcedor da Ponte Preta. Mas o contrário também pode ser dito. Desde que deixou o time campineiro, o atacante acompanha de perto as campanhas da equipe. Segundo ele mesmo diz em uma carta enviada à Ponte em outubro do último ano, o argentino aprendeu a gostar da Macaca.

“Tomara que Deus os ajude a subir ainda este ano. A Ponte é um grande de verdade, com toda sua torcida fantástica. GuardGigena 0014 130o as melhores recordações e vocês estão no meu coração. Mando muita força e que Deus os abençoe. Agradeço a todos pelo carinho que me deram. Nunca vou me esquecer. Avante, Ponteeeeeeeee.”

O torcedor da Ponte também vai ser eternamente grato pelos três gols do dia 11 de outubro de 2003, Gigena!