Odirlei recusou convocação à Seleção Brasileira

Odirlei recusou convocação à Seleção Brasileira

Odirlei recusou convocação à Seleção Brasileira

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Dois profissionais do futebol que se denominaram também torcedores da Ponte Preta injustificadamente recusaram chamada à Seleção Brasileira, décadas passadas.

Primeiro foi o ex-treinador Otacílio Pires de Camargo, o Cilinho, quando dirigia o São Paulo.

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A dupla que comandava a CBF – Otávio Pinto Guimarães (presidente) e Nabi Chedid (vice)- formalizou convite para que ele comandasse a Seleção Brasileira em 1987, pós-Telê Santana, e ouviram um não.

Dez anos antes, o também saudoso treinador do selecionado, Cláudio Coutinho, ligou para o lateral-esquerdo Odirlei, da Ponte Preta, para convocá-lo, e, pasmem, o atleta disse não.

“Falei para o Cláudio Coutinho que não podia viajar porque estava com problema de casamento. Poderia ter sido diferente, mas não tem problema”.

VELOZ

Na época, Odirlei só não era mais importante de que o mestre Dicá no time pontepretano. Veloz, chegava facilmente com a bola ao ataque, e tinha técnica para definir a melhor situação.

Certamente seria um trunfo importantíssimo na final do Campeonato Paulista de 1977, não fosse a imprudência do árbitro Romualdo Arpi Filho que lhe mostrou o cartão amarelo por ter dado um bico na bola para a linha lateral, com interpretação de que fizera cera no lance.

Assim, o curitibano Odirlei Magno, 64 anos de idade, ficou de fora daquela finalíssima. Foi substituído pelo apenas marcador Ângelo, e Ponte Preta acabou derrotada na terceira partida, com aquele fatídico gol do meia Basílio: 1 a 0.

Time da Ponte da época? Carlos, Jair Picerni, Oscar, Polosi e Odirlei; Wanderlei, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Rui Rei e Tuta. Treinador: Zé Duarte

Odirlei, que ficou na Ponte Preta até 1981, justificou o apelido de Touro. Aí, ao se transferi à Portuguesa, atuou num time formado por Éverton; Mauro Cabeção, Cláudio, Leiz e Odirlei; Almir, João Batista e Mendonça; Marinho Rã, Roberto César e Tite.

BANGU

Outras passagens relevantes foram no vice-campeonato brasileiro pelo Bangu em 1985, e o título regional pernambucano pelo Santa Cruz, na temporada seguinte.

Depois trilhou a penosa estrada da volta do futebol em pequenas agremiações, a exemplo do início de carreira quando passou pelo Pinheiros (PR) como ponteiro-esquerdo, e Atlântico de Erechim (RS), antes de se transferir à Ponte Preta.

Ao parar de jogar em 1989, no Linense, e sem destino definido, foi vender água durante quatro anos em Campinas. Isso até o reingresso no futebol como professor em escolinhas para crianças da Ponte Preta durante o dia, e no Clube Bonfim à noite.