O que esperar da Ponte Preta que não cria uma chance sequer?

Empate por 1 a 1 até que ficou de bom tamanho para os pontepretanos

O que esperar da Ponte Preta que não cria uma chance sequer?

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O público de 3.027 pagantes no Estádio Moisés Lucarelli, na noite desta sexta-feira, reflete que de fato o torcedor pontepretano suspeita da capacidade de arrancada do time neste Campeonato Brasileiro da Série B.

Acreditem: neste empate por 1 a 1 com o Vila Nova, a Ponte Preta não criou uma chance sequer de gol. Nada, nada, nada…

Considerando que o goleiro pontepretano Ivan praticou defesas difíceis em finalizações de Mateus Anderson e Alan Mineiro – de falta -, e o árbitro paranaense Rodolpho Toski Marques deixou de marcar pênalti para o time goiano, pode-se dizer que a Ponte ainda saiu no lucro.

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O pênalti foi decorrente de o zagueiro pontepretano Renan Fonseca interceptar a bola com o braço em disputa pelo alto com o zagueiro Naylhor, aos nove minutos do segundo tempo.

PROBLEMAS

Já foram dissertados reiteradas vezes os problemas da Ponte, que começaram pela falta de critério na montagem do elenco: nenhum meia com capacidade de organização e ataque restrito à lucidez de André Luís, desfalque nesta sexta-feira.

Logo, um time que não pauta por criatividade, ora depende da individualidade de André Luís, ora de lampejos do também atacante Júnior Santos para chegar ao gol.

Quando se espera que o volante João Vitor empurre o time ao ataque, o fraco rendimento dele implica até em substituição, se bem que ficaria – como ficou – do mesmo tamanho com a entrada de Bruno Ramires, diante do Vila Nova.

Se o lateral-esquerdo Nicolas até mostrou regularidade nas atuações anteriores, desta feita teve comportamento horroroso, não acertando uma jogada ofensiva sequer.

Como cobra-se de quem tem algo a oferecer, uma projeção de vitória da Ponte contra o Vila Nova passaria pela superação da equipe ou noite de desacertos do adversário.

A rigor, o erro estratégico do Vila Nova foi superestimar o time pontepretano.

Optou por se resguardar nos primeiros 20 minutos, até sofrer gol de pênalti, cometido ingenuamente pelo lateral-esquerdo Gastón Filgueira sobre Renan Fonseca, e convertido por Danilo Barcelos.

Depois, quando saiu pro jogo, o Vila assustou. Ganhou a chamada segunda bola e mostrou melhor sentido de organização.

Logo, no segundo tempo, o gol foi amadurecendo até ocorrer logo aos onze minutos, em cabeçada do atacante Alex Henrique no canto esquerdo.

ERROS INCONRRIGÉVEIS

Com o cenário da Ponte Preta devidamente dissertado, apenas dois caminhos indicam avanço na competição: desdobramento dos jogadores e comando para que o time seja minimamente organizado e bem escalado.

Sequer há preocupação da Ponte em valorizar a posse de bola.

‘Quebrada’ a partir do goleiro Ivan, o que se vê é a insistência para que o atacante Júnior Santos ora busque resvalar de cabeça para acionar um companheiro, ora tente o domínio.

Quando a Ponte opta por troca de passes, são incontáveis os erros, além de sucessivos e desnecessários recuos de bola que irritam os torcedores.

A sequência de desajustes passa pela escalação da equipe.

Já não bastasse a invenção do treinador João Brigatti com a dobra de laterais pelo lado esquerdo – Nicolas e Danilo Barcelos -, nesta sexta ele se equivocou ao escalar dois laterais pela direita: Igor e Ruam.

É incompreensível a preferência por Danilo Barcelos, que não cria absolutamente nada ofensivamente, embora reconheça-se que procurou se esforçar na marcação.

Portanto, ou a Ponte arrisca ir ao mercado e ainda buscar as ‘peças’ prometidas pelo presidente Armando Abdalla, ou a incompetência dos concorrentes possa abrir caminho. Sem isso, é meio da tabela de classificação.