Ou arruma logo um treinador de ponta para dirigir seu time de profissionais, ou sua chance de ganhar títulos importantes neste ano será nula

Por SÉRGIO CARVALHO
São Paulo, SP, 23 (AFI) – O Corinthians está numa encruzilhada. Ou arruma logo um treinador de ponta para dirigir seu time de profissionais, ou sua chance de ganhar títulos importantes neste ano será nula. O problema é que nenhum nome cogitado até agora aceitou ocupar o cargo.
Além disso, há o problema da dívida astronômica que o Corinthians tem, que não lhe dá margem nem para pagar os salários em dia, nem para pagar o salário de um técnico de qualidade. A dívida, para quem não sabe, já chegou a 2 bilhões e 500 milhões de reais. Algo impagável a curto prazo.
SEM DINHEIRO
E, sem recursos financeiros, não dá para a diretoria nem contratar bons treinadores, nem investir nos reforços que o clube precisa para ter um time competitivo que lhe permita sonhar com títulos neste ano. E todo esse clima negativo não foi criado só pelo atual presidente, Augusto Melo, mas também por boa parte de seus antecessores.
Todo mundo que assumiu o cargo de alguns anos para cá, só gastou. Prova disso são os inúmeros processos existentes na Justiça Comum em São Paulo, que cobram milhões do clube à curto prazo. Mas como pagar a curto prazo se não há dinheiro nem para pagar a longo prazo?
ACORDO COM OPOSIÇÃO
Ideal seria que a atual diretoria fizesse um acordo de cavalheiros com a Oposição, para aprovar um projeto de pagamento das dívidas a longo prazo. As mais importantes, seriam pagas logo no início. As demais, seriam parceladas em acordos diretos com cada credor.
Para fazer isso, no entanto, há um problema. O atual presidente do clube não tem jogo de cintura e não tem diálogo com os principais membros da Oposição. Diante disso, a situação do clube ficará cada vez mais caótica e o afastamento de Antonio Melo do cargo, pode acontecer a qualquer momento.
SITUAÇÃO MAIS COMPLICADA
Com toda essa confusão, e a falta de um técnico com bagagem suficiente para segurar a barra, a situação fica ainda mais complicada. O jogador não sabe se vai receber no final do mês, o ambiente fica tenso e a falta de motivação cai. Diante desse quadro, a fiel que se prepare. Se o futebol do time principal já não é dos melhores nesse momento, pode ficar ainda pior.
A partir daí, a crise vai se instalar, e o futuro do futebol corintiano estará seriamente comprometido. Diante desse quadro, insisto na proposição: que Situação e Oposição pensem bem nesse assunto e voltem a conversar em alto nível. Caso contrário a crise, que já começa a tomar conta do futebol do clube, não terá mais data para terminar. É agir rápido ou entrar no buraco!
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