Não se deixe enganar pelos números da Ponte Preta

Não se deixe enganar pelos números da Ponte Preta

Não se deixe enganar pelos números da Ponte Preta

0002050487380 img
Ronald Felipe - Maranhão Esportes

Ronald Felipe – Maranhão Esportes

Abaixo, postagem sobre a demissão do treinador Thiago Carpini, do Guarani

A entrada da Ponte Preta no G4 do Campeonato Brasileiro da Série B, com a vitória por 2 a 1 sobre o Sampaio Corrêa, pode ser motivo de júbilo para o seu fanático torcedor, que acalenta mais uma vez o sonho de acesso ao Brasileirão da próxima temporada.

Pode ser paradoxo, mas a Ponte não merece elogios pelo desempenho mostrado na noite deste sábado em São Luís, capital maranhense.

E mais: não se deixe enganar pela campanha, pois era obrigação vencer os seus três últimos adversários, casos de Oeste, CSA e Sampaio Corrêa.

Como vitórias trazem confiança e ajudam consideravelmente para o bom ambiente, que a Ponte saiba tirar proveito disso quando iniciar o enfrentamento contra adversários mais competitivos, a começar pelo Paraná na próxima terça-feira.

PÊNALTI INEXISTENTE

Empurra-empurra na área tem sido coisa corriqueira no futebol durante cobranças de escanteios, e raramente árbitros ousam marcar pênaltis.

Pois o pernambucano Tiago Nascimento dos Santos interpretou que houve agarrão de André Luís, do Sampaio Corrêa, sobre o zagueiro Wellington Carvalho, da Ponte Preta, e marcou pênalti inexistente, convertido pelo meia João Paulo aos 29 minutos do primeiro tempo.

Até então via-se incompreensível timidez da Ponte Preta contra um abusado Sampaio Corrêa, que já havia atingido a trave do goleiro Ivan, e o atacante Caio Dantas desperdiçado chance clara de gol.

SEGUNDO PÊNALTI

Pois essa mesma Ponte Preta ainda tímida ganhou de presente um pênalti infantilmente cometido pelo zagueiro Marcão sobre Matheus Peixoto, e novamente João Paulo ampliou o placar para 2 a 0, aos 45 minutos.

Evidente que por mais que os maranhenses se esforçassem – e por menos que a Ponte continuasse jogando -, havia maior possibilidade de sustentação da vantagem no transcorrer do segundo tempo, porém com um gol para os mandantes quando o desajuste do miolo de zaga pontepretano foi notório.

ALISSON

Como a zaga pontepretana estava amarelada durante o primeiro tempo e o cartão de Wellington Carvalho foi o terceiro, o treinador João Brigatti decidiu sacá-lo no intervalo para ‘canchar’ o substituto imediato que é Alissson.

Ocorre que Alisson é limitadíssimo, raramente deixa de cometer faltas nas disputas, e com isso o miolo de zaga da Ponte ficou ainda mais vulnerável.

Foi um risco que Brigatti poderia ter evitado com aquela substituição, pois em quatro oportunidades claras de gol, o Sampaio converteu apenas uma, através de André Luís.

Em descuido da zaga, Marcinho, livre, cabeceou para fora. Daniel Penha foi testar e tocou na bola com o ombro, facilitando a defesa de Ivan. E Caio Dantas exigiu segura defesa do goleiro pontepretano.

Ora, um time mais qualificado desperdiçaria tantas chances?

Enquanto isso, a única diferença da Ponte do segundo para o primeiro tempo é que rodou um pouco mais a bola, e até teve chance clara para marcar, porém desperdiçada pelo atacante Matheus Peixoto, que continua devendo melhor rendimento.

AJUSTES

Contra o Paraná, o raciocínio lógico é de temeridade na hipótese da insistência com Alisson como substituto de Wellington Carvalho, suspenso.

Não teve sentido a escalação do lateral-esquerdo Ernandes para fazer dobra na função com Lazaroni, contra o Sampaio Corrêa.

Claro está, também, a necessidade de se repensar urgentemente sobre proteção à cabeça de área.

Se Luís Oyama tem convencido com a bola nos pés, claro está que não é desarmador, e que Neto Moura não tem sido uma coisa, nem outra.

Portanto, que a Ponte não durma nos louros de uma campanha numericamente satisfatória, mas na prática com o time ainda dependendo de ajustes.