Na vitória, deficiências da Ponte foram mascaradas; e agora com derrota?

Time comete erros pontuais, é mal escalado, e carece de força ofensiva

Na vitória, deficiências da Ponte foram mascaradas; e agora com derrota?

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Por vezes torcedores dos clubes campineiros reclamam do rigor da cobrança da coluna em relação aos clubes locais. Na prática, aqui a postura não é paternalista, ou acompanhamento do sopro do vento. É de isenção absoluta: é, é; não é, não é.

Lembram-se do título do jogo de domingo dos pontepretanos em Campinas? ‘Vitória sobre Chapecoense não mascara deficiências da Ponte Preta’.

Pra não iludir o torcedor foi citado que naquele primeiro tempo a Chapecoense doou dois gols à Ponte Preta, que nada mais fez ofensivamente além desse aproveitamento de 100% das oportunidades no período.

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Pois na noite desta quarta-feira contra o Flamengo, no Rio de Janeiro, a Ponte repetiu o marasmo ofensivo na derrota por 2 a 0, e a explicação é lógica.

Se o meia Renato Cajá continua sem mobilidade, distante da área adversária, e apenas alongando bola, porque continua escalado? O outro meia, Léo Artur, não rendeu absolutamente nada nesta quarta-feira, a exemplo daquilo que já ocorreu diante da Chapecoense.

Logo, além dos meias não organizarem, também não tiveram combatividade para fortalecimento na marcação.

Tivesse o Flamengo em situação diferente, com o rendimento do início do ano, as dificuldades da Ponte Preta seriam bem maiores.

Dos laterais, a Ponte tem explorado apenas a voluntariedade de Nino Paraíba pela direita.

JOÃO LUCAS

A omissão do lateral-esquerdo João Lucas indica que seja sacado da equipe.

Por falta de confiança, procura se desfazer rapidamente da bola, e nada tem acrescentado nas raras vezes que se projeta ao ataque. Pior: tem falhado defensivamente, e foi um dos responsáveis pelo segundo gol do Flamengo, devido à erro de posicionamento.

Claro que falha maior, no desdobramento da jogada, foi do goleiro Aranha, que não saiu da meta e permitiu cabeçada do atacante Leandro Damião, aos 13 minutos do segundo tempo.

Assim, de nada adiantou o esforço do atacante Lucca, isolado no ataque, tendo como companheiros inicialmente Negueba e depois Lins, ambos ineficientes.

Desta forma, sem força para importunar a defensiva do Flamengo, a Ponte se valeu de finalizações de fora da área, sem que provocasse risco ao adversário.

ERROS PONTUAIS

Como defensivamente o time incorre em erros pontuais, como ocorreu nos dois gols sofridos, a Ponte só poderia ter saído derrotada do Rio de Janeiro.

O primeiro gol, aos 47 minutos do primeiro tempo, ocorreu em cobrança de escanteio, quando o volante Naldo perdeu a disputa por cima para o zagueiro Réver, do Flamengo.

Além disso, erro em escalação da equipe, provocado pelo treinador Gilson Kleina, contribuiu para a derrota. Espera-se, portanto, que ele mexa em setores comprometedores.

Por fim, justiça seja feita: errou o juizão mineiro Ricardo Marques Ribeiro ao marcar impedimento inexistente de Léo Artur, quando a Ponte chegaria ao gol, e com o placar acusando zero a zero.