Na goleada da Ponte Preta, meia Élvis teve noite de Dicá
Ah, como o torcedor pontepretano lembrou do mestre Dicá de outrora, que batia na bola como poucos. A Macaca lidera sozinho o Paulista A2.
Pois Élvis fez questão que o torcedor revivesse a maestria de Dicá, naquela cobrança de falta sobre a barreira, no segundo gol
Campinas, SP, 25 (AFI) – Dá pra dizer que o primeiro tempo da Ponte Preta contra o Monte Azul foi confuso?
Foi, mas como o time se superou no segundo tempo e aplicou goleada por 3 a 0, a torcida leva em consideração os bons momentos deste jogo, na noite desta quarta-feira em Campinas, que consolida a liderança dela nesta Série A2 do Campeonato Paulista.
Ah, como o torcedor pontepretano lembrou do mestre Dicá de outrora, que batia na bola como poucos.
Pois Élvis fez questão que o torcedor revivesse a maestria de Dicá, naquela cobrança de falta sobre a barreira, no gol marcado aos seis minutos do segundo tempo – segundo da Ponte Preta -, depois que o atacante Pablo Dyego foi derrubado quando driblava.
Por sinal, todas as honras da partida são destinadas a Élvis, partícipe nos lances que originaram os três gols da Ponte Preta.
No primeiro, a percepção dele de que a defensiva do Monte Azul estava desarrumada.
Aí, enfiou bola primorosa para Pablo Dyego, que serviu Jeh livre de marcação, e a finalização foi certeira no canto baixo direito, aos 45 minutos do primeiro tempo.
Para que a noite fosse coroada, foi de Élvis o terceiro gol, aos 45 minutos do segundo tempo.
No lance, o ‘garçom’ foi o centroavante Jeh, e Élvis ainda ajeitou a bola antes do chute rasteiro, sem chances para o goleiro André Zuba, do Monte Azul.
MAIS E MAIS
O repertório de Élvis não terminou por aí.
Ainda no primeiro tempo, aos 47 minutos, colocou Pablo Dyego na cara do gol, mas o chute foi para fora.
Calma! Tem mais.
Recorde o passe que ele deu para Dudu, com finalização que exigiu defesa difícil, no chão, do goleiro adversário, aos 28 minutos do segundo tempo.
Como convinha a meias do passado, Élvis corre cerca de metade do percurso se comparado ao volante Felipe Amaral, mas o cérebro dele está à frente de todos, devido à exemplar visão de jogo e facilidade para esnobar quando bate na bola de três dedos.
Os deuses dos estádios ficaram em dívida com Élvis apenas sobre um aspecto: pela performance na partida, bem que merecia um gol olímpico.
E olhe que tentou em seguidas cobranças fechadas de escanteio, e por pouco a bola não entrou.
E OS OUTROS?
Como Élvis ‘roubou’ a cena, cabe ressaltar que a Ponte Preta teve perda com a escalação de Weverton na lateral-direita, pois diferentemente da discrição dele, Luiz Felipe entrou a mil por ora.
O treinador Hélio dos Anjos, da Ponte Preta, pode ter os seus motivos táticos para a insistência com o burocrático Júnior Tavares, mas convenhamos que num jogo contra o apenas esforçado Monte Azul, a opção pelo atacante Dudu, em vez dele, seria de ataque pontepretano ‘incendiado’ desde o início.
BOLA NA TRAVE
Monte Azul ameaçou?
Por mais paradoxo que pareça, naquela bola na trave do goleiro pontepretano Caíque França, aos 36 minutos do segundo tempo, a intenção de Vitinho foi cruzar, mas como ganhou efeito quase surpreendeu.
Esse Monte Azul que iniciou o jogo na defensiva, foi se soltando ao longo do primeiro tempo, ao constatar que a Ponte Preta não ameaçava.
Depois que sofreu o primeiro gol, quis manter postura mais ofensiva, mas aí a diferença técnica para a Ponte foi flagrante.