MP cumpre mandados por manipulação de resultados no Brasileirão e quatro estaduais

A operação agora suspeita de envolvimento na Série A de 2022 e quatro estaduais de 2023

Victor Ramos é suspeito da Operação Penalidade Máxima
Victor Ramos é suspeito da Operação Penalidade Máxima. (Foto: Divulgação)

Campinas, SP, 18 (AFI) – As investigações sobre manipulações de resultados no futebol brasileiro seguem a todo vapor e, nesta terça-feira, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou a Operação Penalidade Máxima II

Iniciada em fevereiro, a operação suspeitava de atuação em jogos da Série B, mas agora suspeita de envolvimento em ao menos cinco jogos da Série A de 2022, além de alguns dos estaduais mais importantes do país desta temporada. Um dos alvos desta terça-feira foi o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense, e que também atuou na Portuguesa em 2023.

SUSPEITA DE ESTADUAIS, INCLUSIVE PAULISTA

Em nota, o MP-GO informou que, além do envolvimento em jogos da Série A, suspeita de ação em cinco jogos de campeonatos estaduais: Paulista, Goiano, Gaúcho e Mato-Grossense, todos de 2023.

Victor Ramos fez apenas dois jogos na Chapecoense nesta temporada, um na Série B e outro no Catarinense, competições que não estão na lista da operação – apenas jogos da Série B de 2022 são investigados. Antes, porém, defendeu a Portuguesa, que disputou o Paulistão, atuando em sete jogos.

CHAPECOENSE SE MANIFESTA

A Chapecoense também se manifestou e reiterou “seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos”. 

Entretanto, sobre o possível envolvimento de Victor Ramos, reforçou “seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta”, se colocando à disposição para colaboração e esclarecimentos.

OPERAÇÃO EM 16 CIDADES E SEIS ESTADOS

A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) com objetivo de obter “novos vestígios da atuação de organização criminosa com atuação especializada na manipulação de resultados”. 

Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados: Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

RELEMBRE

Esta foi a segunda ação da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023. De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos. Derrota no primeiro tempo, número de escanteios e de cartões rendiam até R$ 100 mil para o atleta participante do esquema.

Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores visam possibilitar que os investigados consigam grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os lucros.

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