Morre ex-meia de Guarani, Ponte Preta e Atlético Mineiro

Itaúna, MG, 3 (AFI) – Um dos grandes jogadores da história do Atlético-MG, o ex-meia Ângelo faleceu, aos 54 anos, na noite da última quinta-feira, em Itaúna-MG, de um ataque cardíaco. Mineiro de nascença – Ângelo era natural de Onça do Pitangui -, Angélio Paulino de Souza, seu real nome, jogou também por Ponte Preta e Guarani, fazendo sucesso em Campinas. Ele deixa três filhos.

Pelo Guarani, o ex-jogador conquistou a Taça de Prata de 1981. Nos lados do Majestoso, Ângelo fez parte, junto com Dica, Wanderley Paiva e Marco Aurélio, do melhor grupo que a Ponte teve em sua história, conquistando o vice-campeonato Paulista em 1981, quando a Macaca foi derrotada pelo algoz São Paulo, em dois jogos emocionantes.

Ângelo em grandes times

Após se aposentar do futebol, de Souza se tornou advogado e também era auxiliar técnico das categorias de base do Atlético-MG, onde iniciou a carreira. Depois de um começo promissor, o habilidoso Ângelo foi emprestado para o Nacional-AM, mas retornou ao Galo, para conquistar o Campeonato Brasileiro de 1971.

No Guarani, em 1981, Ângelo formou no time campeão da Taça de Prata que tinha como base Birigui; Miranda, Jaime, Edson e Almeida; Edmar (Éderson), Jorge Mendonça e Ângelo; Lúcio, Careca e Capitão (Hernani Banana) e o treinador era José Duarte. Destes, além de Ângelo, Jorge Mendonça e o técnico José Duarte também são falecidos. Mauro, que havia sido campeão brasileiro com o Guarani em 1978, também é falecido, mas não chegou a jogar com Ângelo no time campineiro.

Antes, no Atlético Mineiro, foi titular do time que foi vice-campeão brasileiro em 1977, perdendo a final para o São Paulo. Na ocasião, o Galo Mineiro era tido como o melhor time do Brasil e formava com João Leite; Alves, Márcio, Vantuir e Valdemir; Toninho Cerezo, Ângelo e Marcelo; Paulo Isidoro (Serginho), Reinaldo e Ziza. O treinador era Barbatana. Exceção de Ângelo, todos os demais estão vivos.

Aliás, Barbatana foi o técnico quem revelou Ângelo, que logo no início de carreira nas categorias de base do Atlético, e que levou o meia, então com apenas 19 anos, para ser campeão amazonense pelo Nacional, em 1974 formando em um time que tinha como base Procópio; Antenor, Renato, Eurico Souza e Luiz Florêncio; Toninho Cerezo, Paulo Isidoro e Ângelo; Bibi, Campos e Reis.

Apesar do título, o torneio ficou marcado por um lance que “atrasou” sua carreira. Na final contra o São Paulo, no Mineirão, Chicão pisou e quebrou a perna de Ângelo, que ficou um período parado, para depois voltar e passar por Fluminense, Spor e Santa Cruz – além dos times campineiros.

No Atlético, sua grande paixão, o ex-meia disputou 238 partidas, com 146 vitórias, 63 empates e 29 derrotas. O sepultamento acontece nesta sexta-feira, no cemitério Bosque da Esperança, em Belo Horizonte.

Ficha Técnica
Nome: Angélio Paulino de Souza (Ângelo)
Local de nascimento: Onça do Pitangui / MG
Data: 31/05/1953
Carreira:
Atlético – 14/11/70 a 25/05/80
Nacional / AM – 1974
Guarani / SP – 1980/81
Fluminense – 1982
Ponte Preta – 1982/83
Santa Cruz – 1984
Sport – 1985

Títulos pelo Galo:
Campeonato Brasileiro – 1971
Taça BH – 1972
Taça Minas Gerais – 1975
Campeonato Mineiro – 1976 / 78 / 79