Final Copa Paulista: Monte Azul alega 'prejuízo financeiro' e pressiona para decidir em casa
Através de nota oficial publicada em suas redes sociais, o clube alega que trabalhou muito para deixar o gramado em condições de jogo nas últimas semanas
A definição do Estádio Maião em Mirassol, como palco do jogo de volta da final da Copa Paulista não agradou a diretoria do Monte Azul
Monte Azul Paulista, SP, 09 (AFI) – A definição do Estádio Municipal José Maria Campos Maia, o Maião em Mirassol, como palco do jogo de volta da final da Copa Paulista contra a Votuporanguense, não agradou a diretoria do Monte Azul. O clube será o mandante da partida, mas não poderá jogar na Arena PixBet, pois o estádio foi vetado devido às más condições do gramado. O Azulão já havia jogado a semifinal contra o União São João longe de casa, em Araraquara.
Através de nota oficial publicada em suas redes sociais, o clube alega que trabalhou muito para deixar o gramado em condições de jogo nas últimas semanas, entendendo o resultado destes esforços como satisfatórios e suficientes. Segundo o Monte Azul, o alto custo para sedear partidas em estádios como a Arena Fonte Luminosa e o Maião é mais um fator que incomodou o clube.
Veja a nota completa do Monte Azul abaixo:
CONFIRA NA ÍNTEGRA A NOTA EMITIDA PELO AZULÃO
O Atlético Monte Azul SAF vem através da presente nota externar a sua profunda indignação e repúdio à decisão da FPF que retirou o direito do clube em disputar os jogos decisivos da semifinal e da final da Copa Paulista em seu estádio, direito este que foi conquistado dentro de campo com muito suor e muito trabalho, inclusive dentro do seu próprio gramado até as quartas de finais, pois foram 4 jogos da primeira fase, 1 jogo nas oitavas de finais e 1 jogo nas quartas de finais, totalizando 6 jogos em seu gramado, o que representa 75% dos jogos no seu mando autorizado pela FPF, inclusive com respaldo de várias vistorias do gramado efetuadas durante a competição pela própria FPF, jogos esses que somados com os treinamentos da equipe durante toda a pré temporada e durante a competição em seu gramado, não resultaram em nenhuma lesão grave de qualquer atleta do clube ou de equipes adversárias.
Tais fatos nos causaram muita surpresa e indignação ao receber a triste notícia na fase semi final e final de que o gramado estaria vetado, nos tirando o direito conquistado dentro das quatros linhas, fases estas que os jogos do clube como mandante passaram a ser televisionados por emissoras abertas.
Finalizando, o clube externa toda a sua indignação, entendendo que a vetação teria que ter sido feita no início da competição, ocasião em que a qualidade do gramado estava pior que atualmente e não nas fases finais, bem como entende que o clube não foi tratado em igualdade de condições em relação aos demais clubes que disputaram a competição e pede muito bom senso nas próximas decisões onde envolve situações como a presente, pois para o AMA o prejuízo financeiro foi muito elevado e o desportivo foi inestimável e atitudes como essa vão de encontro com a sobrevivência dos clubes do interior. Vamos lutar até o fim, contra tudo e contra todos, juntos somos mais fortes!

Desde o primeiro dia da vetação do gramado na fase semi final que foi disputada em Araraquara, tanto a diretoria do clube, funcionários, torcedores, usinas da região, agricultores e praticamente a cidade toda se uniram em uma só missão de cumprir todas as exigências impostas pelo setor de infraestrutura da FPF para a melhoria do gramado, foi contratada uma empresa particular da cidade de São Paulo, especializada em prestação de serviços em gramados de campos de futebol para fazer a descompactação do solo.
Foram feitos replantio de algumas partes apontadas pelo engenheiro agrônomo da FPF, e com o apoio da prefeitura municipal, bem como do vereador Sr. Fábio Geronimo Marques, que conseguiram a ajuda da Usina Tietê e também o agricultor e torcedor fanático do clube Sr. Fernando Arroyo, que conseguiu a ajuda da Usina Pitangueiras e particular, todos se mobilizaram incansavelmente todos os dias cedendo os seus colaboradores particulares com dezenas de caminhões pipas também particulares, diariamente efetuando a irrigação do gramado, ações estas que tiveram um alto custo financeiro e que culminaram em um excelente resultado, deixando o nosso gramado, sem sombra de dúvidas, muito melhor que muitos gramados que jogamos na série A2 e na Copa Paulista de 2024 e que nunca foram vetados.
Além do mais o Atlético Monte Azul SAF após a classificação para as oitavas de finais da Copa Paulista, foi obrigado a despender um gasto financeiro muito alto para implantar em seu estádio a infraestrutura necessária para o funcionamento do VAR, para após não ser utilizado diante da vetação do estádio.
Não bastasse esses altos custos o clube ainda foi obrigado a custear a locação da Arena Fonte Luminosa para mandar o seu jogo da fase semi final, local que exige uma operação de jogo com custos muito maiores e agora estamos sendo obrigados novamente a arcarmos com uma operação de jogo no estádio municipal de Mirassol que também exige um alto custo.
E quando olhamos pra trás e relembramos a final da Copa Paulista do ano de 2023 realizada entre as equipes da Portuguesa Santista x São José, no Estádio Ulrico Mursa, a nossa indignação aumenta ainda mais, pois a partida foi realizada em um gramado totalmente alagado, sem as mínimas condições para a prática do futebol, com enormes riscos para a saúde dos profissionais que ali estavam trabalhando e nenhuma providência foi tomada. É óbvio que erros anteriores devem ser utilizados para serem corrigidos no futuro, mas o AMA jamais poderia ter sido usado da forma que foi para corrigir erros anteriores.
O Atlético Monte Azul SAF sempre trabalhou e continua trabalhando incansavelmente para colaborar, elevar e entregar para o consumidor final um futebol da mais alta qualidade, porém não concorda com o tratamento desigual com o qual a FPF tratou a presente questão, prejudicando não só o clube como também seus torcedores e uma cidade inteira que há 15 anos não via o seu time do coração, um dos seus maiores patrimônios, disputar uma final de campeonato e que em uma história de 104 anos levou o seu clube de forma inédita a disputar uma competição de nível nacional, houve uma incoerência muito grande e deixou muito claro que a estética, o visual e os contratos com as emissoras de TV se sobrepõem ao trabalho árduo de todos que lutaram por isso e de suas famílias, ao bom senso, ao respeito aos torcedores e a uma cidade inteira que aguardava esse evento com muita expectativa.

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DECISÃO PARA O MONTE AZUL
O jogo de volta será disputado no próximo sábado, dia 12, com mando do Monte Azul, no estádio Maião, em Mirassol.
Para a decisão, a Votuporanguense terá a vantagem do empate para ser bicampeão do torneio, enquanto o time de azul e branco precisará vencer à qualquer custo. Caso triunfe por um gol de diferença, pênaltis, mas se a vitória acontecer por dois tentos ou mais, o Monte Azul celebrará um título inédito em sua história.






































































































































