Por: Rivail Oliveira

Monte Azul Paulista, SP , 28 (AFI) – Quando entrar em campo no próximo domingo, às 10h, no estádio Otacília Patrício Arroyo, diante da Francana, pela segunda e decisiva partida das oitavas de final da Copa Paulista de 2025, o Atlético Monte Azul atingirá uma marca expressiva: 45 jogos na temporada.

É uma verdadeira “maratona de futebol” para um time do interior de São Paulo. Seria uma marca relativamente comum para grandes clubes que disputam Estadual, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores (ou Sul-Americana).

No entanto, é um número atípico para uma equipe sem calendário cheio como os grandes do futebol nacional — e que, ainda assim, se estruturou para isso. Até agora, em 222 dias de 2025, o time atleticano disputou uma média de um jogo a cada cinco dias.

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TERCEIRA COMPETIÇÃO DO ANO

A temporada de 2025 vem sendo bastante intensa para o Monte Azul, que disputa sua terceira competição no ano. Pela Copa Paulista, onde está nas oitavas de final, o Azulão empatou o jogo de ida por 1 a 1 com a Francana, no estádio Lancha Filho, e decide a vaga em casa, no domingo, dia 31.

Além da Copa Paulista, o Atlético também participou do Campeonato Brasileiro da Série D, onde sentiu o impacto do alto número de jogos, mesmo dividindo o elenco. A equipe acabou eliminada ainda na primeira fase, na sexta colocação do grupo.

No primeiro semestre, o Azulão disputou o Campeonato Paulista da Série A3 e, com uma grande campanha, foi vice-campeão, garantindo o acesso à Série A2 de 2026, ao lado do Sertãozinho.

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COMPARATIVOS E NÚMEROS

Para efeito de comparação: o Sertãozinho, campeão da Série A3, disputou 21 partidas no estadual, mas optou por não disputar a Copa Paulista. Já o Marília, semifinalista da A3, somou 19 partidas no ano.

O Rio Branco, outro semifinalista, jogou 19 vezes na A3 e, até agora, 11 vezes na Copa Paulista — totalizando 30 jogos. Bem abaixo dos 44 jogos já realizados pelo Monte Azul.

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OS NÚMEROS DE 2025

Até aqui, o Azulão de Monte Azul Paulista disputou 44 partidas, somando 69 pontos e um aproveitamento de 52%. Foram 18 vitórias, 16 empates e 10 derrotas. O time marcou 57 gols e sofreu 47.

Veja o desempenho por competição:

COPA PAULISTA

• 9 jogos
• 4 vitórias, 3 empates, 2 derrotas
• 9 gols marcados, 8 sofridos
• 15 pontos

PAULISTA SÉRIE A3

• 21 jogos
• 11 vitórias, 8 empates, 2 derrotas
• 35 gols marcados, 21 sofridos
• 41 pontos

Na A3, o Atlético liderou a primeira fase. Eliminou a Itapirense nas quartas (3×2 e 0x0), o Rio Branco na semifinal (2×1 e 1×0) e garantiu o acesso antes da final. Na decisão, perdeu para o Sertãozinho por 3×1 no primeiro jogo e empatou em 1×1 no segundo, ficando com o vice-campeonato.

SÉRIE D DO BRASILEIRO

• 14 jogos
• 3 vitórias, 5 empates, 6 derrotas
• 13 gols marcados, 18 sofridos
• 14 pontos

Na Série D, o Azulão caiu em um grupo bastante competitivo, com Inter de Limeira, Cianorte, Goiatuba, Cascavel, Uberlândia, Operário-MS e Itabirito. Terminou em sexto, fora da zona de classificação para o mata-mata.

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COMPARATIVO NACIONAL

Os 45 jogos do Monte Azul em 2025 podem parecer modestos à primeira vista, mas o número é expressivo. Em 2024, vários clubes da Série A jogaram apenas 15 a 20 partidas a mais, mesmo disputando diversas competições simultaneamente.

Veja alguns exemplos de jogos disputados por clubes da Série A em 2024:

• Cruzeiro e Internacional: 64 jogos
• Juventude: 62
• Vasco: 61
• Bahia: 69
• Cuiabá e São Paulo: 68
• Fluminense, Grêmio e Palmeiras: 67
• Red Bull Bragantino: 70
• Corinthians: 72
• Atlético-MG, Athletico-PR, Fortaleza e Flamengo: 73 jogos

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FOCO NO PRESENTE

Independentemente da maratona de jogos, o foco do Monte Azul está totalmente voltado para o duelo decisivo deste domingo, contra a Francana. Após o empate por 1 a 1 no jogo de ida, o técnico Kinho Forgiarini analisou o desempenho da equipe:

“O jogo (em Franca) foi muito disputado, com muitos duelos ofensivos e defensivos. Tivemos um bom volume de jogo, mas pecamos um pouco no último terço. Levamos um gol no fim do primeiro tempo por desatenção, mas conseguimos empatar na segunda etapa e até tivemos chances de virar.”

Sobre o confronto de volta, Kinho resumiu:

“Está tudo igual. E vai vencer quem errar menos nos detalhes.”