Ministério Público investiga suposta manipulação de resultados em 3 jogos da Série B

Três partidas são investigadas: Vila Nova x Sport, Sampaio Corrêa x Londrina e Criciúma x Tombense, todas pela 38ª e última rodada

Sampaio - Série B
Mateusinho, ex Sampaio Corrêa. (Foto: Ronald Felipe)

Goiânia, GO, 14 (AFI) – A Série B do Campeonato Brasileiro 2022 já acabou, mas o Ministério Público de Goiás está investigando suposto caso de manipulação de resultados. O meia Romário, ex-Vila Nova e agora no Goiânia, o lateral Matheusinho, ex-Sampaio Corrêa e agora no Cuiabá, e Joseph, do Tombense, e Gabriel Domingos de Moura, volante do Vila Nova, são alvos da operação batizada como “Penalidade Máxima”. O caso está com o promotor de Justiça Fernando Martins Cesconetto.

Foram cumpridos um mandado de prisão temporária contra Bruno Lopes de Moura, em São Paulo, e nove de busca e apreensão em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).

A investigação não está concluída e, segundo o promotor, pode avançar para a Série A do Brasileiro. O caso não deve respingar na classificação geral da competição, tampouco nos times que ganharam o acesso: Grêmio, Cruzeiro, Bahia e Vasco.

Três partidas são investigadas: Vila Nova x Sport, Sampaio Corrêa x Londrina e Criciúma x Tombense, todas pela 38ª e última rodada. O esquema consistiria na marcação de um pênalti ainda no primeiro tempo.

Romário, ex-Vila Nova e atualmente no Goiânia, não atuou na 38ª rodada, mas mesmo assim está entre os alvos. Na última temporada, o Vila Nova rescindiu com o jogador por “ato de indisciplina grave” e ainda fez a denúncia ao MP.

PÊNALTIS NOS JOGOS DA SÉRIE B

No jogo Sampaio Corrêa x Londrina , o lateral Matheusinho cometeu o pênalti. Já no duelo Criciúma x Tombense, Joseph fez o pênalti. Entretanto, Vila Nova x Sport não teve pênalti marcado e, com isso, a aposta não teve sucesso.

Os apostadores passaram a cobrar o jogador do Vila Nova. Os atletas teriam recebeido R$ 10 mil de adiantamento. Se tudo ocorresse como o planejado, ganhariam outros R$ 140 mil. Como a aposta não deu certo, o prejuízo é estimado em R$ 2 milhões.

O MP segue investigando o caso e os envolvidos, apostadores ou jogadores, podem responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção em âmbito esportivo

OUTRAS SUSPEITAS EM 2023

Segundo o promotor Fernando Martins Cesconetto, responsável pelo caso, a operação reforçou os indícios de fraudes nos três jogos de 2022 e apontou a tentativa de manipulações de resultados em partidas de outros torneios deste ano. “Tem a identificação de um jogo em Goiás”, afirmou.

NOTA DO VILA NOVA

O Vila Nova Futebol Clube informa que auxilia, na condição de denunciante, o Ministério Público do Estado de Goiás, que através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol (GFUT), deflagrou a Operação Penalidade Máxima na manhã desta terça-feira (14).

O Vila Nova Futebol Clube aguarda a manifestação do MP/GO com mais informações e ressalta seu papel colaborativo e o compromisso com valores éticos, morais e de lisura que são princípios do clube e do esporte.

NOTA DO SAMPAIO CORRÊA

O Sampaio Corrêa apoia as investigações, e espera que tudo seja devidamente esclarecido. O clube ressalta que não compactua com nenhum tipo de atitude que ultrapasse as quatro linhas do campo, e frisa que cada um dos supostos envolvidos responda pelos seus atos e arque com as consequências.

O presidente Sergio Frota destaca que o Sampaio, no lance em questão, foi duplamente prejudicado, pois na sequência o atacante Gabriel Poveda marcou um gol, anulado com o auxílio do VAR para a revisão da jogada. O pênalti então foi marcado para o Londrina.

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