Marcelo Fernandes celebra o título brasileiro e destaca a força da torcida e da Ponte Preta

Humilde, Marcelo reconheceu a grandeza dos técnicos que marcaram época no clube e no futebol brasileiro

O técnico Marcelo Fernandes, emocionado após o apito final, falou sobre o significado da conquista, a importância da torcida e o trabalho coletivo que levou o clube de volta ao topo

Ponte Preta
Foto: Marcos Ribolli/PontePress

Campinas, SP , 27 (AFI) – No Estádio Moisés Lucarelli, o “Majestoso”, a Ponte Preta venceu o Londrina por 2 a 0 e conquistou o título do Campeonato Brasileiro da Série C, coroando uma campanha marcada por superação e união.

O técnico Marcelo Fernandes, emocionado após o apito final, falou sobre o significado da conquista, a importância da torcida e o trabalho coletivo que levou o clube de volta ao topo.


TORCIDA

Marcelo relembrou o gesto simbólico de permanecer com a equipe em campo durante o intervalo, destacando a conexão com os torcedores:

“Fui campeão em 2015 fazendo a mesma coisa — deixando o time no intervalo dentro de campo e sentindo o calor da torcida. No Santos, fiz questão de repetir porque essa torcida merecia, por tudo o que sofreu ao longo do tempo. Eu sabia que o jogo seria difícil, contra uma grande equipe do Londrina, que complicou bastante pra gente. Sabíamos que precisávamos criar uma atmosfera positiva do lado de fora.

Tudo foi pensado: combinamos, conversamos com todo o staff pra providenciar o que fosse necessário, porque ficaríamos em campo no intervalo. E você viu o que aconteceu com aquela atmosfera. No segundo tempo, a equipe fez um grande jogo e conseguiu o resultado.”


IMPORTÂNCIA DA EQUIPE

O treinador fez questão de dividir o título com sua comissão técnica e com os familiares que o acompanham na trajetória:

“Estou feliz, feliz demais pelos meus parceiros aqui — meu irmão, meu preparador físico. Está aqui o filho dele, o Murilão; meu filho, João Marcelo; o filho do Marco, o Mateus, meu sobrinho… Cara, é uma alegria enorme.”


GRANDES TÉCNICOS QUE PASSARAM PELA PONTE

Humilde, Marcelo reconheceu a grandeza dos técnicos que marcaram época no clube e no futebol brasileiro:

“Quem sou eu pra querer chegar perto desses treinadores, cara? Se eu chegar a 50% do que eles foram, já estou feliz demais. Não é falsa modéstia, é verdade.

Estou feliz por entrar na história da Ponte Preta, lógico, muito feliz. Mas esses caras são gigantes no Brasil. O que eles fizeram, o que proporcionaram a vários clubes — não só à Ponte — é enorme. Pessoas como Nelsinho, Batista, Zé Duarte, Vadão, Cilinho, Abelão… Quem sou eu?

Eu torço pra um dia chegar perto deles. Ainda tenho muito chão pra percorrer, muito a aprender. Sempre digo pra minha comissão: a gente nasce burro, vive burro e morre burro — e nunca deixa de aprender. Todo dia a gente aprende algo novo.”


CADA DIA, UMA LIÇÃO

Marcelo destacou a importância de seguir aprendendo e mantendo os pés no chão, mesmo após uma grande conquista:

“Ah, porque eu fui campeão… Eu sei que, a partir de amanhã, já tem que ganhar de novo. O futebol só tem vez pra quem vence. Já tive o azar de perder, de fazer uma excelente campanha e cair com o time em que nasci e me criei — e isso doeu muito.

Mas o importante é que a gente não faz nada contra ninguém pra passar à frente de ninguém ou pegar o lugar de ninguém. A gente só faz o nosso trabalho e espera a nossa oportunidade de chegar.”


UM DIA, O TÍTULO BRASILEIRO IA CHEGAR

O treinador revelou que sempre acreditou que viveria um momento como esse à frente da Ponte Preta:

“Eu não tinha dúvida de que isso ia acontecer na minha vida. Quando cheguei lá embaixo, no meu primeiro dia, falei que ia subir — e vim subir com a Ponte Preta.

Podem perguntar onde quiser: eu tinha certeza de que vim pra Campinas com esse propósito. Muito obrigado ao povo de Campinas — que cidade espetacular! Sou muito feliz aqui.

A gente só faz o nosso, sem hipocrisia, sem falar pelas costas. Só trabalhamos e entregamos o nosso melhor. Graças a Deus, conseguimos entregar um belo trabalho pra esse clube maravilhoso que é a Ponte Preta. Só isso.”


Com o título da Série C, Marcelo Fernandes entra para a história da Ponte Preta como o treinador que devolveu o orgulho à torcida e conduziu a equipe ao primeiro título nacional de sua história.

Confira também: