Goiânia, GO, 30 (AFI) – O clima esquentou nos microfones da Rádio 730, de Goiânia. Durante um programa, o ex-jogador e comentarista Marcelo Borges bateu boca ao vivo com o presidente do Vila Nova, Ecival Martins. A discussão terminou com um pedido de demissão do comentarista e também ameaças de ambos os lados.

A relação entre os dois não era das melhores devido as críticas feitas por Marcelo Borges ao mandatário do Tigre, mas ficou ainda mais pesada depois de Ecival Martins mandar uma mensagem por Whatsapp para João Rodrigues, dirigente da Aparecidense, dizendo que estava dividindo a mesa de um programa esportivo com um “vagabundo”.

Ecival Martins estaria se referindo ao comentarista da Rádio 730. O dirigente da Aparecidense teria mostrado a mensagem à Marcelo Borges, que foi tirar satisfação ao vivo. Após a discussão, o ex-jogador pediu demissão e fez ameaças.

“Eu estou pedindo demissão no ar. Estou passando um dos piores meses da minha vida e vou acertar com o Ecival de homem para homem. Não tenho dormido e estou me despedindo aqui agora. Estou muito emocionado. Uma coisa que sempre resguardei na minha vida foi minha família e o Ecival vai pagar muito caro o que ele fez comigo aqui… Eu jamais vou ouvir o que esse cara me falou. Um de nós dois vai pagar muito caro… Quero encontrar com o Ecival em qualquer lugar dessa Goiânia. Alguém vai pagar: não sei se vai ser eu ou se vai ser ele”, desabafou Marcelo Borges.

Natural de Guapó, Marcelo Borges foi revelado nas categorias de base do Goiás e passou por Inhumas e Anápolis até defender a Ponte Preta, sendo um dos responsáveis pelo retorno da Macaca à elite do Campeonato Brasileiro em 1997. Meia habilidoso, tinha como principal qualidade a bola parada. Ele ainda defendeu Portuguesa, São José, Vila Nova, América-MG, Goiânia, Caxias e Democrata de Governador Valadares.

MÁ LEMBRANÇA
A discussão trouxe a tona uma péssima lembrança para toda a crônica esportiva. No dia 5 de julho de 2012, o comentarista Valério Luiz foi morto na saída do estádio da Rádio Jornal 820, em Goiânia. Após o inquérito policial, o ex-vice-presidente do Atlético-GO, Maurício Sampaio foi indiciado como mandante do crime.

De acordo com o inquérito, Valério Luiz acabou sendo assassinado por conta das várias críticas que fez à diretoria do clube rubronegro, cujo alvo principal era Maurício Sampaio. O ex-dirigente do Atlético nega envolvido na morte do jornalista.

OUÇA O ÁUDIO DA DISCUSSÃO

MARCELO BORGES PEDE DEMISSÃO